Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Cacá Diegues

Cacá Diegues

Artigo em 01.09.1978

A melhor estréia está reservada para o próximo dia 7 de Setembro: com atraso de sete anos, finalmente os brasileiros terão chance de assistir "Laranja Mecânica" (Clock-work Orange), 1971, de Stanley Kibruck - cuja importância justifica matéria a parte nesta mesma edição. O filme estreará no Astor, onde deve permanecer, no mínimo, seis semanas em exibição. No Astor, aliás, estava em exibição aquele que é, em nosso entender, o melhor filme nacional do ano - e uma das mais sensíveis obras do cinema brasileiro em todos os tempos: "Chuvas de Verão", obra-prima de Carlos Diegues.

Amada Amante

"Amada Amante" é o quarto filme de Bruno Barreto, sendo o primeiro cujo roteiro não é extraído de romance. A idéia original, que ele já desejava em 1972 fazer, quando filmava "A Estrela Sobe", tem como argumentistas o escritor José Louzeiro e Leopoldo Serran. Em "Amada Amante" trabalharão Paulo Gracindo Cristina Achê e Paulo Guarnieri.

Canto Negro

Sem qualquer discriminação, sempre houve uma definição musical em torno da música negra. Mesmo o liberal Sérgio Porto (o Stanislau Ponte Preta, 1923-1968), insistia em destacar as cantoras negras das brancas, sempre reconhecendo que as criolas eram insuperáveis nas interpretações dos "blues". Na música brasileira, a questão racial não deve ser colocada, embora não se possa negar que, muitas vezes, as "colored" batem facilmente as brancas, se não em quantidade, ao menos em qualidade.

Elke, a maravilha para o Franciscano

Como a revista "Rio de Cabo a Rabo" (Teatro Guaíra, até o dia 10 de agosto, 21h30 min) foi concebida especialmente para o espírito carioca, o autor Gugu Olimecha, que também está no elenco (assim como o diretor Luis Mendonça) está se preocupando em anotar nomes e fatos locais, que possam se encaixar dentro dos dialogos, dando maior humor local ao espetáculo que, durante 9 meses, lotou o Teatro Rival, no Rio de Janeiro.

Ana, Thelma, Cuca e os "7 Gatinhos"

A atriz Ana Maria Magalhães, a "Aurora" de "Os 7 Gatinhos" (cine São João) não chegou ontem a cidade, como estava previsto: num ataque de estrelismo, a moça exigiu nada menos que Cr$ 100 mil, além de todas as mordomias a que julgou ter direito, para acompanhar a eficiente Cuca, do setor de promoção da empresa, para aqui ajudar a promover o filme de Neville D'Almeida.

Observatório

Do cineasta Carlos Diégues, datada de 15/4/80, recebemos a seguinte carta: "Prezado Aramis, acabo de ler, com enorme prazer, a série de 3 artigos que V. escreveu sobre o "Bye Bye Brasil" em O ESTADO DO PARANÁ e não posso deixar de lhe revelar a minha emoção e gratidão por tão minuciosa análise do filme. É sempre gratificante ver nosso trabalho compreendido, de maneira tão relevante. Isso anima a gente a se empenhar com entusiasmo no que fazemos, na certeza de que o esforço não é vão.

Trilhas Sonoras

Antecipando a estréia dos filmes no Brasil - e quase que simultaneamente ao lançamento nos Estados Unidos - duas trilhas sonoras indispensáveis - "The Rose" e "10", um trabalho documental sobre um filme-marco da década ("Apocalypse"), afora uma nova ópera-rock do the Who ("Quadrophenia") e, em compacto duplo, os três principais temas de "Bye Bye Brasil", oferecem novas - e ótimas - opções aos que se interessam pela música de cinema.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br