Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Clara Sverner

Clara Sverner

Clara Sverner



Entrevistados e Entrevistadores: Clara Sverner

O mestre Moura revisita em afro o mestre Caymmi

Depois do último fim de semana com um espetáculo musicalmente cool, na união perfeita do virtuosismo do baixo de Arismar do Espírito Santo com os harmoniosos teclados de Amilson Godoy, a temporada musical do Paiol terá a partir de hoje outro belíssimo momento instrumental - desta vez com temperatura mais elevada: Paulo Moura, com um repertório calcado especialmente na sua leitura afro-jazzística da obra de Dorival Caymmi, espécie de amostragem ao vivo do seu último álbum ("Chorus"), já considerado como um dos melhores do ano.

O vanguardista Boulez regendo os clássicos

A associação de um empresário de grande visão artística, Henrique Sverner, presidente da cadeia Breno Rossi - e irmão da pianista Clara Sverner (que tem gravado discos tão importantes para a música brasileira, três deles em parcerias com o clarinetista Paulo Moura) - com a CBS, vem proporcionando que esta multinacional se acorage a fazer edições que, Breno Rossi antecipa da exclusividade nas vendas, e assim a gravadora não corre o risco de prejuízo - ao contrário, contabiliza já uma lucratividade imediata.

O pacote com os clássicos da fase de ouro da Warner

Sem dúvida o empresário Henrique Sverner, presidente da organização Breno Rossi, é mais do que um comerciante bem sucedido. Pertencente a uma família de artistas (sua irmã, a pianista Clara Sverner, é uma de nossas grandes recitalistas, com vários elepês já gravados), Henrique vem há anos possibilitando que gravadoras de grande acervo, como a CBS, Polygram e EMI/Odeon (entre outras) façam edições de coleções classe "A", que normalmente não chegariam as lojas do Brasil.

Paiol ou a falta de um planejamento artístico

Maior que a frustração de ver a temporada de Nara Leão e do violonista Roberto Menescal, neste fim de semana, substituída por mais um espetáculo na linha pornô-caça níquel ("Três é melhor") no Teatro do Paiol, é de se considerar, mais uma vez, um problema que desafia administrações: a falta de um planejamento de marketing artístico para dar àquele que foi o espaço artístico mais movimentado nos anos 70, viver hoje às moscas - ou pessimamente programado.

Afinal, está chegando a boa música instrumental

Não se deve exagerar o otimismo, mas parece que após invernos (e verões) com a falta de boa música, algum som aparece no final do túnel: a reabertura do Paiol com um espetáculo fino, que se pode até classificar de camerístico - com Olívia Bynghton, cantora personalíssima cuja voz pode ser definida como de punhais de cristal em nuvens de algodão e os teclados perfeitos de João Carlos Brasil, foi um programa emocionante no último fim de semana.

Funarte vai à luta e lembra Assis Valente

Para não ser acusada de imobilismo - num momento grave no qual está sem recursos e com riscos de ter mais de 60% de seu pessoal demitido - a Fundação Nacional de Arte não ficou apenas nos protestos contra a ameaça das demissões - aliás, a exemplo do que aconteceu em vários outros setores do Ministério da Cultura após 15 de janeiro.

Melodia Sentimental de Olivia Byington

Livre e transparente, surge no disco de Olivia Byington, "Novo, e com a minha cara", diz ela, cara feliz, com a tranqüilidade do artista que se encontra com sua essência que "cria por necessidade de criar", sem concessões, "como quem pinta um quadro, como quem escreve um poema". Melodia Sentimental, o LP é música de câmara. Requintado e popular. E conversa de poucos (e ótimos) instrumentos, recuperando o clima de recital que Olivia, com seu companheiro Edgar Duvivier no sax, levou dois anos a cantar nos palcos mais diversos, para casas cada vez mais cheias.

Quadrio, o record-man sinônimo de qualidade

Desde que chegou ao Rio de Janeiro -e lá se vão três décadas - o italiano Mauricio Quadrio criou uma griffe de qualidade unida aos projetos musicais que vem realizando. De sólida formação cultural, formado pela Academia Santa Cecília, Quadrio tem deixado, em todas as gravadoras, rádios, estúdios, etc. por onde tem passado a sua marca de produtor do mais alto nível. Foi diretor musical das rádios Globo e Jornal do Brasil - ali institucionalizando o esquema música-hora certa-informação que até hoje é receita segura, introduziu especiais e elevou o nível destas programações.

Kuarup, uma receita de trazer a melhor música

O ex-jornalista Mário Aratanha é o exemplo do produtor-revelação nestes últimos anos. Foi durante anos um dos mais respeitados profissionais da imprensa brasileira, com longa atuação no "Jornal do Brasil", em especial. Assumindo a divulgação do Ballet Stadium - um dos grupos de dança mais importantes do país, integrou-se tanto ao seu trabalho que evoluiu para o gerenciamento de projetos artísticos, tornando-se mais do que um simples empresário artístico, um verdadeiro manager.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br