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No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de outubro de 1986
Complementando a notícia de ontem, em relação à Rádio Estadual do Paraná - nos planos da secretária Suzana Munhoz da Rocha, da Cultura e Esportes, para se transformar numa fundação de sua pasta: antes de deixar a direção, o empresário Faruk El Khatib havia implantado a transmissão da madrugada. Agora, por uma questão de bom senso, o gerente artístico da emissora oficial, Lourival Pedrossiam ("Palito"), voltou ao horário tradicional. Afinal, se faltam condições para fazer uma boa programação das 6 às 24 horas, por que insistir em permanecer no ar também na madrugada?
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Na batalha dos jingles, até Garanhão dançou
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de novembro de 1986
No início, era apenas nos horários radiofônicos reservados ao TRE. Agora, a poluição sonora á geral. Em todo o Estado, mais de 10 mil veículos - de todos os modelos e estados de conservação - percorrem ruas, praças, avenidas e até rodovias para divulgarem as mensagens dos candidatos às eleições do próximo dia 15. Se antigamente, na falta de uma melhor tecnologia na aparelhagem de som, havia necessidade de locução ao vivo em cada veículo, agora uma simples e econômica fita minicassete possibilita a audição clara da mensagem e, o que é importante, dos jingles políticos.
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Um palácio com muitas estórias
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de dezembro de 1986
Construído como residência da riquíssima família Garmatter nos anos 30, o Palácio São Francisco teve o mesmo destino que a Sociedade Garibaldi durante a guerra: foi requisitada pelo Estado e transformado em sede do governo. Ali, o todo poderoso interventor Manoel Ribas (Ponta Grossa, 8/3/1873-Curitiba, 28/1/1946) administrou o Paraná, com mão-de-ferro, por 13 anos consecutivos, dentro de sua filosofia: "Desprezando o protocolo e as etiquetas sociais, indiferente à legislação, a intenção é unicamente reerguer o Paraná".
Um soporífero debate de vazias colocações
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de setembro de 1986
Ao desligar a televisão, às 2h20min da manhã de segunda-feira, após assistir ao Grande Debate dos candidatos ao governo do Paraná, a sensação do eleitor era, no mínimo, de ter visto apenas um longo e maçante programa do TRE - só que reunindo, num mesmo espaço, os sete postulantes a sucessão de João Elysio.
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Walmor e aqueles bons tempos da "Última Hora"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de outubro de 1986
Dois aspectos estão dando um diferencial na campanha de Walmor Weiss à Assembléia Legislativa. Em princípio, não aceita, em absoluto, a condição de vaca de presépio das imposições partidárias e embora tenha lealdade e coerência com o PMDB, mostra independência em sua campanha. Tanto é que não se dobrou às tentações de fazê-lo modificar sua mensagem no horário do TRE, na qual aborda a necessidade do legislativo ser renovado por candidatos que tragam novas propostas - fato que, naturalmente, irritou os caciques que há anos, buscam sempre reeleições - e pouco fazem no Poder.
Um museu político a toque-de-caixa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de janeiro de 1987
Por uma questão de ética e de bom senso, considerando inclusive a sua própria tradição familiar de filha e neta de ex-governadores do Paraná, a secretária Suzana Maria Munhoz da Rocha Guimarães deveria refletir duas vezes antes de comprometer mais de Cz$ 4 milhões do já reduzido orçamento da Secretaria da Cultura e do Esporte para, a toque-de-caixa, fazer uma reforma de fachada no Palácio São Francisco, exclusivamente para que o governador João Elísio inaugure uma (discutível) "obra" física na área cultural.
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Garibaldi procura fusão para não virar uma ruína
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de janeiro de 1987
Curitiba poderá ganhar mais um (excelente) espaço cultural, localizado em área privilegiadíssima: pelo menos 500 metros quadrados da Sociedade Garibaldi, que desde o início do século é o ponto de referência dentro do Setor Histórico da cidade.
Para tanto, bastará que haja uma (difícil) concordância de alguns associados, como está, os dias da outrora gloriosa Garibaldi estão contados "e o seu destino poderá ser o de se transformar nas ruínas da Garibaldi, como já temos a vizinha ruínas do Alto do São Francisco" diz, em seu sotaque italiano o atual presidente Mario Cocchieri.
Poesia x porcolinos nos muros da cidade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de julho de 1986
Ao menos um problema o poeta e animador cultural Reinoldo Atem não encontra no feliz projeto que idealizou para que as crianças colocassem em cores a sua visão da poesia curitibana: a falta de muros. indiretamente, quem colabora para isto são os porcolinos da política que insistem em pichar os muros da cidade, desrespeitando a propriedade privada e mesmo poluindo espaços públicos - dos quais nem a Biblioteca Pública escapou (haja visto a sujeira que os candidatos Mendes e Silvino, ali fizeram numa das paredes).
Discórdia no trabalho ameaça Clube Concórdia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de dezembro de 1985
Na ultima reunião do conselho fiscal do Clube Concórdia, segunda-feira, 16, o presidente Klaus Gabers pode dar uma boa notícia: graças à açaão do advogado José Carlos busatto, a entidade já consegui vitórias parciais em duas das quatro ações trabalhistas que vem sendo movidas contra o clube. Com isto, diminuem, sensivelmente, os riscos de uma das masi tgradicionais sociedades do Paraná perder parte do seu valioso patrimônio devido a ações trabalhistas nas quais, embora responsabilizada, não tem participação direta .
Pedro, o juiz
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de setembro de 1983
Q UANDO chegou a Curitiba - e lá se vão mais de 20 anos - Pedro Ribeiro Tavares surpreendeu os funcionários, vogais e advogados da Junta de Conciliação e Julgamento, que funcionava, na época, num modesto edifício na Rua Marechal Deodoro. Isto porque entre as audiências cm que analisava as questões trabalhistas, Tavares sempre procurava falar de cinema, teatro e literatura.