Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Rildo Hora

Rildo Hora

Elizeth Divina, o amor como sempre

"Artista o teu nome já nasce na lista dos que vão brilhar, luz e esplendor É marca divina, sagrado calor que nos ilumina as canções de amor" ("Luz e Esplendor", Walter Queiroz) A expectativa não poderia ser maior. Sem gravar há quase cinco anos, aos 66 anos - completados no último dia 16 de julho, os 50 anos de carreira de Elizeth Moreira Cardoso não poderiam passar em brancas nuvens.

Paula, a revelação

Uma agradabilíssima surpresa no final do ano foi o aparecimento do lp de Paula ("Luzes do Morro", Sigla), com um repertório equilibrado, bonita voz e muito ritmo. Filha de pais mineiros, mas fluminense deVolta Redonda, Paula criou-se no bairro de Madureira e sua aproximação com o samba dos bambas seria inevitável. A apresentação ao competente produtor Rildo Hora lhe valeu a chance de fazer uma fita-demonstração, com música de ótimos autores, que se transformaria num lp excelentemente bem acabado.

Joanna, a receita que agrada sempre

Coincidência ou não, em termos de marketing os novos discos de Joana (RCA) e Simone (Cristal", CBS) aparecem quase que simultaneamente. Na capa dos dois elepês, as superstars vêm vestidas de branco. Os repertórios também se aproximam. Deixemos o disco de Simone para depois e fiquemos com Joanna, que neste sexto elepê repete o mesmo esquema anterior: o romantismo abolerado e os sentimentos derramados. Só que com sete anos de carreira, vendendo bem (média de 100.000 cópias por disco) Joanna já pode pretender vôos maiores.

Martinho da Vila Izabel

Bonita homenagem Martinho da Vila presta a Noel Rosa, em seu último lp ("Martinho da Vila Isabel", RCA). Um álbum concebido como uma revisitação de um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro, ligado a história da MPB por ali ter nascido e morrido o grande compositor Noel de Medeiros Rosa (11/12/1910 – 4/5/1937).

Música

Está ainda à espera de um ensaio acadêmico a figura do produtor fonográfico. De Aloysio de Oliveira a Mazola, um estudo que faça justiça aos homens que são responsáveis, na maioria das vezes, pelos acertos (e desacertos) de um artista e de um disco. Há produtores como Hermínio Bello de Carvalho que praticamente reinventaram a criação fonográfica com trabalhos históricos. Outros que deram a artistas populares uma dimensão excelente, fazendo valorizarem-se a cada disco. Exemplo disto é Rildo Hora (Recife, 20/04/1939), compositor, executante de harmônica-de-boca e sobretudo excelente produtor.

Martinho realizado e Benito em progresso

MARTINHO DA VILA (Martinho José Ferreira) atinge aos 45 anos completados no início do ano (12/2) uma condição de respeito dentro da MPB. Longe do samba de fácil rima e muito embalo e que provocou uma legião de imitadores Martinho é hoje um interprete, compositor e produtor dos mais conscientes. Uma salutar e assumida busca de identidades africanas especialmente a partir de suas viagens a Angola (da qual resultou, inclusive, um belo elepe, com compositores e intérpretes daquela jovem nação) somado a um trabalho honesto e esmerado o faz merecedor de toda admiração.

As músicas de Bosco na boa voz do dono

As músicas na voz do ano, uma grata revelação como cantor e uma imitação. A síntese para três discos que RCA colocou na praça há algumas semanas. De princípio temos o sempre admirável João Bosco, fazendo em "Essa é a sua vida", gravado entre junho/julho/81, uma espécie de revisão de sua obra. Há tempos que Bosco já nos havia falado de seu projeto de registrar num disco as músicas que, circunstancialmente, forma lançadas por outras intérpretes - Elis, Aline, Ademilde Fonseca, Walker entre outros.

MPB

Sinceramente, não entendia-mos porque Rildo (Alexandre Barreto da) Hora, pernambucano, 41 anos, não gravava um segundo elepe. Responsável por um dos melhores discos de 1971 (cremos), onde mostrava sua bela voz, seu talento de violonista e, especialmente executante de harmônica de boca, além de compositor, Rildo vinha dedicando-se apenas a produção, aliás um dos mais disputados responsáveis fonográficos da RCA, onde se encontra há anos. Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creusa, Martinho da Vila e mesmo João Bosco tiveram em Rildo o produtor que os auxiliou a fazer muitos sucessos.

Dos Pastores baianos ao King Kong

Há dois anos, quando três filmes baseados em romances de Jorge Amado foram rodados, simultaneamente, na Bahia - "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Bruno Barreto (o maior êxito de bilheteria do cinema nacional nos últimos anos), "Tenda dos Milagres" de Nelson Pereira dos Santos (1) e "Os Pastores da Noite", coube ao (francês( Camus (2), o mérito de se preocupar em entregar a gente da Bahia a criação da trilha sonora.

Compositores

Impossível negar: os baianos não são apenas talentosos, mas organizados. E solidários. Só isso para explicar a permanente e múltipla presença de compositores e intérpretes baianos no cenário nacional. Em várias levas, os baianos estão sempre chegando ao Sul maravilha, onde, em tempo reduzido, conseguem fazer seus discos. Mais quatro lps de baianos, na praça, todos trabalhos bastantes pessoais e sinceros. Discutíveis, talvez, os resultados, não se pode duvidar da essência.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br