Churrascada arenista
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de agosto de 1975
A churrascada que o ex-deputado Horácio Vargas ofereceu há exatamente uma semana, em sua fazenda em Ponta Grossa, teve um significado político que pode mudar as regras do jogo arenista no Paraná. Reunidos ao longo de uma bem assada carne, sem sangue e queimações, lideres de diversas correntes políticas da região de Ponta Grossa chegaram a uma conclusão óbvia: sem uma coesão de esforços a oposição continuará a ganhar as eleições. O significado do almoço que reuniu políticos que, por uma ou outra razão, há muito não se falavam, foi destacado no discurso de Affonso Alves de Camargo Neto homenageado do encontro e cuja presença motivou que inimigos figadais esquecessem profundas arestas e, ao longo de muitos litros de legítimo scotch, fizessem planos para o futuro. Na reunião estiveram quatro ex-prefeitos de Ponta Grossa - Plauto Guimarães, Luiz Gonzaga Pinto (secretário da Indústria e Comércio), Ciro Martins, e deputado João Vargas de Oliveira, além do atual prefeito Amadeu Puppi - nomes que já dão exata dimensão do sentido de confraternização ocorrido há uma semana, e que nas palavras do próprio Affonsinho, desejaria ver espalhadas em outras cúpulas arenistas, "principalmente na de Curitiba".
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