Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de março de 1974
Depois do Carnaval, finalmente, estréias auspiciosas: no Lido, que lança dentro de duas semanas o penúltimo filme de Peter Bogdanovich, << Lua de Papel >>, finalmente estréia hoje a primeira obra do genial cineasta de "A Ultima Sessão de Cinema": "Na Mira da Morte" (Targets), incluído pela crítica carioca-paulista como um dos 10 melhores de 1972 e que somente agora a Paramount decidiu mostrar aos curitibanos. Mas antes tarde do que nunca e assim temos a oportunidade de conhecer este filme nervoso, inquietante e, como em todas as obras de Peter, uma "curtição" em torno do cinema "Na Mira da Morte" conta a estória de duas pessoas - estranhas - e o que aconteceu com eles de das 16,30 horas da tarde até 21 horas da noite seguinte, quando se encontraram. Tudo começa numa cabina de exibição em Los Angeles, onde cinco pessoas assistem as últimas tumultuosas cenas do filme inédito "O Terror" que será lançado no dia seguinte. Quando a fita termina o astro Byron Orlok (Boris Karloff), famoso pelos seus papéis de horror, diz a todo que pretende abandonar o cinema Partindo desta primeira cena - a realidade-cinema-ilusão-tela - Bogdanovich desenvolve um filme de extraordinária criatividade, que, despercebido em seu lançamento nos EUA, adquiriu notoriedade quando houve a explosão crítica-público em torno de sua segunda obra: "The Last Pictures Show". Realizado em cores - ao contrário de "A Ultima Sessão" e "Lua de Papel", "Targets" não é só o melhor filme da semana, mas um candidato forte a lista dos mais importantes lançamentos do ano - sendo assim de visão obrigatória a todos que curtem o bom cinema.
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