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Aramis

Declaração de voto

Para esclarecer mal entendidos: a convite da Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Curitiba e da Comissão Executiva do Carnaval, integramos, mais uma vez, o júri. Ao lado de Paulo Cesar Loureiro Botas, frei dominicano, assessor da FCC, compositor e cantor, julgamos o item Samba-de-Enredo. Atribuímos à Escola de Samba Dom Pedro II a nota sete, pois, em nosso entender, o samba de Nelson Santos não foi feliz em sua estrutura. Paulo Cesar Botas, mais rigoroso, deu a nota 5 (cinco). Para o samba-enredo da Escola de Samba Mocidade Azul, que teve por temas a lenda de Vila Velha, atribuímos a nota nove. Um samba-de-enredo bem construído, com uma letra inteligente, muita afinação e entusiasmo em sua interpretação. Paulo Cesar Botas deu a nota máxima àquele samba: 10 pontos. Apenas um samba-de-enredo - "No Alto das Glórias", de Paulo Vítola, mereceu, de nossa parte, a nota máxima - dez. Também Paulo Cesar deu dez para o samba de Paulo Vítola. Os demais sambas-de-enredo mereceram notas entre três a oito pontos. Procuramos, com independência e respeito a cada escola, dar a nota justa. Pessoalmente, admiramos e estimamos a Nelson Santos, compositor que sempre teve, em nossos espaços, os maiores elogios - conforme ainda fizemos em nossa coluna de quinta-feira, quando enaltecemos o belo samba-de-enredo que fez para a 13 de Maio. Entretanto, compor nada menos que cinco sambas-de-enredo para um Carnaval, é desafio que nem talentos da dimensão de João Bosco, Chico Buarque ou João de Barros seriam capazes de assumir. Portanto, entre seus cinco sambas-de-enredo, houve alguns melhores, outros piores. O que fez sobre o tema "Sétima Arte", para a Dom Pedro II, nos pareceu apenas razoável - e mereceu assim sete pontos. Independente disto, houve problemas de harmonia e interpretação. Com isto, deixamos claro e definitivamente esclarecido este fato que suscitou comentários errôneos, desonestos e mentirosos em relação à nossa posição. E como temos assuntos mais importantes a tratar, encerramos o debate a respeito.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
15/02/1986

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