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Aramis

Falta de opções pode prejudicar os suiços

Apelos já foram feitos ao bom e esperto Chico Alves, o homem que manda na área de cinema da Fucucu: é inadmissível que um evento da importância da Mostra do Cinema Suíço seja confinada a apenas uma única sessão por noite (20h30, Cine Ritz, a partir de segunda-feira). As mostras de cinema estrangeiro, geralmente de países que não têm sua cinematografia comercializada no Brasil, têm sido prejudicada por terem sessões restritas, impossibilitando que um maior número de espectadores tenham acesso. Realizadas numa sala oficial, com pessoal contratado pela Fundação Cultural, não há desculpas de "falta de estrutura" para que as sessões não possam ser ampliadas. Também não se justifica a alegação de que "Há pouco público". Um absurdo! Há quase 30 anos, quando Ennio Marques Ferreira, então diretor do ativíssimo Departamento de Cultura (primeiro governo Ney Braga), eram aqui realizadas mostras informativas que lotavam o auditório do Colégio Estadual do Paraná (espaço equipado com aparelhagem 35mm, hoje desperdiçado para eventos culturais e há muito exigindo total reforma). A população da cidade era a metade da que hoje aqui vive e as sessões tinham ótimo público. Portanto, três décadas depois, com uma juventude cada vez mais interessada pelo cinema, será que um minicinema como o Ritz não justifica que ali sejam realizadas sessões às 18, 20 e 22 horas - ao invés de uma única às 20h30? A própria cônsul da Suiça em Curitiba, diplomata Ruth Eichelberger, deve analisar esse aspecto, pois seria no mínimo antipático em termos culturais que a mostra de filmes recentes de seu país - trazida ao Brasil graças aos esforços da Cinemateca do Museu de Arte Moderna junto a Embaixada e a Fundação Suiça de Cultura Pró-Helvétia - se perca, em Curitiba, em uma única sessão à noite. Há centenas de pessoas que, havendo opções às 18 e 22 horas, poderão também acompanhar os dez filmes que foram selecionados entre a mostra global vista, em diversos horários, no Rio e São Paulo - e que será levada também a Florianópolis, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Belém e Salvador.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
20/05/1988

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