Felicidade
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de abril de 1978
A jornalista Rosy de Sá Cardoso, até agora a única curitibana que se preocupou em impedir que o centenário de Santa Felicidade passe, este ano, em brancas nuvens (que tal a Fundação Cultural tomar alguma providencia?), acrescenta mais alguns dados a respeito de noticia aqui divulgada (6/4/78), a respeito de seu trabalho "Cem Anos de santa Felicidade", a ser editado pelo Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná. Diz Rosy: "Apesar de não haver provas definitivas, tudo indica que o nome da colônia diz mesmo respeito à Sra. Felicidade Ferreira Borges, filha de José Joaquim Ferreira Borges e de sua mulher Mathilde Amalia Teixeira Falcão ("Geneologia Para aenseZZ; DE Francisco Negrão, volume VI, páginas 350/353)".
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O livro do Padre Giuseppe Martini, publicado em 1908 e traduzido por Rosy, faz referencia ao nome de Felicidade Borges e aos seus irmãos Arlindo e Antônio como vendedores do terreno (em novembro de 1878) onde se fixaram as famílias italianas, e informa que ela era casada com Antônio Bandeira (Negrão detalha: coronel Antônio Ennes Bandeira). O que Rosy não encontrou em suas pesquisas mas espera que exista em mãos de alguma família dos primeiros italianos que fundaram Santa Felicidade e um dia ainda apareça - é o documento que prove a venda dos ditos terrenos. O que mais se aproximou foi encontrado no 1o Cartório de Curitiba, referindo-se a venda de "terras, benfeitorias e casa no lugar denominado Uru, d'outro lado do Rio Barigüi". Aconteceu em dezembro de 1878, teve como vendedores Antônio Victor Modesto e sua mulher Felicidade da Costa Modesto (nomes não encontrados na "Geneologia") e como comprador Calisto Cumim que, segundo o padre Martini, foi um dos primeiros colonos estabelecidos em Santa Felicidade e que, comprovadamente (e este documento existe) chegou ao Paraná no dia 5 de janeiro de 1878.
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