Centenário esquecido
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de abril de 1978
Em outubro do ano passado, a jornalista Rosy de Sá Cardoso entregou ao prefeito Saul Raiz uma serie de sugestões para econômicos mas marcantes eventos que poderiam evitar que o centenário da fundação de Santa Felicidade, que transcorre este ano, passa-se em brancas nuvens. Rosy foi mais além: por sua conta, sem recorrer a qualquer favor oficial, fez demoradas pesquisas, inclusive na Itália, traduziu documentos e livros e escreveu um ensaio sobre o centenário daquela colônia, já no prelo, como um boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico do Paraná.
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Há quase um mês, aqui registramos a futura publicação da pesquisa de Rosy, acompanhado de algumas (novas) sugestões para que a Prefeitura, através da Fundação Cultural, tomasse qualquer iniciativa a respeito. Pelo visto, a insensibilidade em relação à efeméride é total: até agora não houve a menor preocupação a respeito, numa prova de desconsideração para com a etnia italiana, que colonizou aquele distrito de Curitiba, contribuindo efetivamente para o progresso do município.
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Quando houve o centenário da imigração polonesa no Paraná, a colônia, aliada a órgãos estaduais, movimentou-se com antecedência de dois anos e realizou uma serie de eventos. O historiador Ruy Wachowicz, inclusive, coordenou a publicação de uma serie de pesquisas e ensaios, a respeito, que se constituem hoje em documentação indispensável para a historia da formação étnica do Paraná.
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Por que será que nada se faz para marcar o centenário da chegada das primeiras famílias italianas a Santa Felicidade?.
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