Ficha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de junho de 1980
<< ME >> - Maurício Einhorn - Clan (1-47-404-004)
Gravado em junho de 79
Produção e direção - Claus Schreiner
Coordenação geral - Sebastião Tapajós
Arranjos e regências - Nelson Ayres
Maurício Einhorn - harmônia de boca
Nelson Ayres - piano acústico e fender
Roberto Sion - flautas, sax alto e soprano
Luizão - baixo elétrico
Paulo Braga - bateria, (1B e 4B)
Gegê - bateria (2B)
Marku - Bateria, percussão e voz
Sebastião Tapajós - violão
LADO A
<< Batida Diferente >> (Maurício Einhorn - Durval Ferreira)
<< Sarro >> (Maurício Einhorn-Arnaldo Costa)
<< Alvorada >> (Maurício Einhorn - Arnaldo Costa)
<< Estamos Aí >> (Maurício Einhorn - Durval Ferreira Regina Verneck)
<< Brinquedo >> (Maurício Einhorn - José Schettini)
LADO B
<< Limbo >> (Maurício Einhorn - Arnaldo Costa)
<< Claus >> (Maurício Einhorn - Celso Loch)
<< Tristeza de Nós Dois >> (Maurício Einhorn - Durval Ferreira - Bebeto)
<< Sketch >> (Maurício Einhorn - José Schettini)
<< Jóia >> (Maurício Einhorn - Alberto Arantes)
Repito o que já escrevi na contracapa do disco: só agora, após participação de mais de mil gravações em centenas de sessões de estúdios, acompanhando os mais diferentes cantores, instrumentistas, etc., Maurício Einhorn ganha o seu primeiro LP-solo. E isto graças ao apoio de um << brazilianist >> musical, o alemão Claus Schreiner e a disposição da equipe da CLAM (Leia-se Zimbo Trio) em prestigiar os instrumentistas.
O disco de Maurício está lindo: afinal já nos vinha curtindo a chance de mostrar as potencialidades da harmônia-de-boca, instrumento tão pouco reconhecido entre nós, mas capaz de possibilitar sons extraordinários. Há 14 anos, Maurício dividiu com Baden Powel um LP antológico (<< Tempo Feliz >>, Forma realançado pela Polygram há 2 anos) e, há 4 anos, gravou canções premiadas pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (<< Oscar Winners >>, Polygram), mas o seu nome saiu tão pequeno, na contracapa, que a maioria dos consumidores imaginaram se tratar de um grupo estrangeiro -The Winners. Agora, finalmente, Maurício, com apoio de ótimo instrumentistas e um repertório mesclando os temas conhecidas a músicas novas (inclusive uma homenagem a Claus, em parceria com o curitibano Celso Locher), está a toda neste seu marcante disco - que deixou tão satisfeito seus (muitos) amigos, quanto ele próprio. E << Chuva >> não entrou porque embora esteja inteiramente identificada com sua interpretação, não é de sua autoria. É de seu (ex) parceiro Durval Ferreira e Pedro Camargo. Mas pouca gente se lembra disto!
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