As fotonovelas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de fevereiro de 1974
Representando o segundo grupo de revistas em tiragem e circulação, as Fotonovelas merecem o primeiro estudo de nível acadêmico publicado no Brasil - e um dos poucos realizados em todo o mundo. A baiana Angeluccia Bernardes Habert, como tese de doutoramento no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, pesquisou entre 1967/71, o fértil campo das FN, resultando um "estudo de uma forma de literatura sentimental fabricada para milhões", subtítulo que deu a "Fotonovela e Indústria Cultural", editada pela Vozes na mesma coleção por onde anteriormente saíram ensaios de Moacy Cirne sobre histórias-em-quadrinhos, e o do jornalista curitibano, Roberto Muggiati, "Rock, o Grito e o Mito". As revistas de fotonovela só são superadas em venda pelas revistas de quadrinhos infantis. "Capricho" da Editora Abril, a mais vendida (média quinzenal de 211.400 exemplares) só perde para "Pato Donald", "Mickey" e "Tio Patinhas" (cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares). No Brasil as revistas de FN correspondem à idéia de uma imprensa popular feminina. O caráter feminino é reforçado no sentido de veicular o romanesco e o sentimental, e o popular por destinar-se aos grupos sociais de baixo nível de renda e escolaridade. A primeira revista de FN publicada no Brasil foi "Encanto" (São Paulo, 1981), pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só em seu nº 210, de 31-7-51, publicou a primeira FN ("O primeiro amor não morre"). O primeiro número de "Capricho" circulou a 17-7-52. Hoje, mais de 20 revistas de FN são publicadas pela Bloch, Vecchi, Rio Gráfica, Abril e Prelúdio, sendo que a única a produzir fotonovelas no Brasil é a Bloch ("Sétimo Céu").
Eu queria que vocês colocassem exemplos de fotonovelas ok?
A REVISTA CARINHO DE JUNHO DE 2007 TEM UMA FOTO MINHA EM SUAS PÁGINAS, GOSTARIA DE POSSUIR UM EXEMPLAR, POIS A MINHA FOI EXTRAVIADA.
CONTATO: arrudacarneiro@hotmail.com
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