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Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de janeiro de 1974
ADENOR LUNA PITANGA, alagoano de Maceió, 28 anos, desde 1965 no Rio de Janeiro, tenta fazer profissionalmente aquilo que muitos jovens sonham: o cinema. E, "quebrando a cara, mas dando a volta por cima", ele toca o barco para a frente e tem conseguido algumas vitórias. Após desempenhar as mais diferentes funções numa série de produções, desde chanchadas inqualificáveis até filmes mais sérios como recém-concluído "Sagarana - O Duelo" de Paulo Thiago, Adenor associou-se a dois amigos - o jornalista Vander Sílvio, da Rádio Jornal do Brasil e Raul Abbot para fundar a Scorpio Produções Cinematográficas, que está acreditando numa nova faixa do mercado cinematográfico: o curta-metragem. Assim é que estão produzindo documentários de bom nível, visando conseguir os certificados de Categoria Especial, vender cópias para o acervo do INC e explorar "um amplo mercado, agora finalmente regulamentado e com boas possibilidades". O primeiro curta-metragem da firma foi sobre o sambista Ismael Silva ("O Mestre Ismael") já adquirido pelo INC. O segundo foi sobre a experiência de humanização desenvolvida em Curitiba, no documentário "Rua XV", produzido sem qualquer financiamento oficial e que será distribuído nacionalmente com o Certificado de Boa Qualidade. Depois de um curta sobre o compositor Marlos Nobre, Adenor volta ao Paraná para aqui rodar 3 outros filmes sobre Antonina, a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá e sobre Poty Lazarotto. De momento, ele sonoriza o seu episódio "Uma Delícia de Mulher" do longa-metragem "As Mulheres que Transam Diferente" produzido por Victor De Mello e prepara o roteiro de seu primeiro longa-metragem, a comédia "O Caso da Sra. Luneau".
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