Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de abril de 1973
CZESLAW LEWANDOSWSKI não é citado no Dicionário das Artes Plásticas no Brasil, de Roberto Pontual; jamais teve uma exposição num salão oficial e nos círculos da crítica é visto com restrições. Por isto, raramente sai de seu atelier-residencia na Rua ateus Leme. Mas , apesar da parginalização, desde 1987 vive exclusivamente de seu trabalho como pintor. Aos 73 anos, uma barba branca bem cultivada, tímida e falando baixinho, o velho pintor diz: << Desde que cheguei em Curitiba, em 1837, nunca consegui ser aceito pelos círculos artísticos, de forma que decidi trabalhar sozinho >>. Bem ou mal, a verdade é que suas telas acadêmicas - paisagens criações místicas, e, nos últimos tempos, até uma espécie de humor critico - tem sido vendidas em todo o Brasil permitindo que ele, muito antes que Érico da Silva ou Wilson Andrade e Silva, pudesse afirmar com orgulho: << eu sou um pintor profissional, só vivo de minha arte >>. Não importa o conceito que os outros faças de sua arte e técnica. Nascido em Lodz, Polônia, com o inicio do século, Lewandowski estudou na academia de Belas Artes de Cracovia e em 1927, temendo uma nova guerra mundial (que acabou acontecendo), imigrou para o Brasil Aqui residiu no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, antes de se fixar em Curitiba, há 36 anos. Casado, duas filhas, desenvolvendo um trabalho solitário, já fez varias exposições e há alguns anos atrás era um dos artistas mais comentados da cidade Agora, vai expor novamente: dia 4 de maio, inaugura uma individual na Galcria Ritz, com 50 trabalhos inéditos.
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