Giglio, cônsul em Dolce Acqua
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de agosto de 1975
A partir da próxima semana, Curitiba ganha um cônsul honorário entusiasta e apaixonado, numa das mais encantadoras aldeias da Riviera Dei Fiore, à 30 minutos de San Remo, 60 de Monte Carlo: Dolce Acqua. Franco Giglio, 39 anos, 19 de Brasil, volta amanhã para sua cidade natal, na Liguria, Itália, levando em seu enorme coração a certeza de que deixa em Curitiba uma multidão de amigos - que soube fazer pelo seu bom caráter, sua sinceridade, sua lealdade. Em 1960, Franco passava por Curitiba a caminho de Porto Alegre e entrou na Cocaco, então uma galeria de arte na Rua Ébano Pereira. Ali encontrou uma geração de artistas, jovens e amigos, e o resultado é que só agora, por razões de família, está voltando para sua terra. Nestes 19 anos, Franco somou amizades, estabeleceu relacionamentos nos mais diversos círculos, firmou seu conceito de um dos mais completos artistas que o Paraná conheceu. Ceramista, muralista - estão aí seus trabalhos em meia dúzia de edifícios (Brasilino de Araújo, Anita, etc), desenhista, pintor, levou tempo para vencer uma modéstia franciscana e a prova de seu valor foi o fato de vender a totalidade d seus trabalhos expostos e em sua primeira individual e 80% das telas de sua última mostra, na Cocaco. O saldo, com muita visão, foi adquirido por Jorge Carlos Sade, que já obteve a exclusividade de Franco para sua próxima individual na Acaiaca, em 1977 se Deus quiser.
LEGENDA FOTO: Giglio
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