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Aramis

Uma medalha para Franco

O Centro Cultural Ítalo-Brasileiro Dante Alighieri, que mantém uma atividade mais social do que cultural, finalmente promoverá um ciclo de exibição que justificam atenção: "A Itália Vista do Céu", série de documentários sobre as diferentes regiões daquele país, rodados de um helicóptero e que recebeu prêmios na Rassegna Nazionale Del Film Turístico, além de uma indicação ao Oscar na categoria de documentário de longa-metragem. A promoção é em colaboração com a Alitalia, cuja representação no Paraná não tem sido suficientemente ágil para estimular o turismo aquele país. Os documentários serão exibidos nas sextas feiras, a partir do dia 3, e no primeiro programa estão curtas metragens sobre Sicília, Lombardia e Campania. No dia 24 de junho, haverá apresentação de um documentário sobre a Liguria, onde aparecerão cenas da aldeia de Dolce Acqua, terra natal do pintor Franco Giglio, que passou 16 anos em Curitiba, agora novamente em seu passe. A propósito, uma boa notícia para os (muitos) amigos de Franco: acaba de receber a medalha de prata "Presidente Della República", que lhe valeu o convite para concorrer ao salão internacional de desenho "Joan Miró", em Barcelona, em junho próximo. Franco Giglio é casado com Roseli, filha do professor Lívio Luiz de Almeida e dona Cláudia, ele pró-reitor de assuntos comunitários da Universidade Federal do Paraná. FOTO LEGENDA- Franco Giglio. Cesar Costa Filho, 33 anos, carioca de Vila Isabel, uma das mais belas vozes da nova geração de interpretes-compositores, aproveitará sua temporada na cidade (Teatro do Paiol, hoje a domingo, 21 horas), para trabalhar em algumas novas músicas com seu parceiro, o curitibano Heitor Valente, co-autor das 12 músicas que Cesinha incluiu em seu terceiro lp ("Bazar", RCA Victor, abril/77). Violinista desde os 17 anos de idade, Cesar Costa Filho começou a aparecer fazendo músicas em festivais universitários ("Meu Tamborim", 3º lugar no I FUMPB, 1968) e, tendo a sorte de encontrar bons letristas - Aldir Blanc, Jair Amorin ("Samba do Estácio", um dos melhores sambas dos últimos anos), Jesus Rocha, Walter Queiroz, Paulo Cesar Pinheiro, Láercio de Freitas e, por último, Heitor Valente - se firmou, já em seu primeiro lp ("...E Os Sambas Viverão", RCA Victor, 1974), como um dos mais importantes compositores desta década. Graças a sua bonita voz, Cesar aparecido também como cantor, em especiais de televisão e, nesta temporada - a segunda que faz no Paiol (de 2 a 4 de Abril de 1976, ali já levou cerca de 600 espectadores) deverá atrair bom público. Merecidamente.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
27/05/1977

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