Itaipu & o Paraná (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de maio de 1974
Inquestionável em sua importância para a economia e o desenvolvimento do Brasil e Paraguai, a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu - a maior do mundo em seu gênero - oferece amplo campo oara análises econômicas e sociais, embora ainda esteja em seus primeiros dias, com a grande diretoria (12 técnicos) fazendo os primeiros contatos, como a próxima reunião do dia 3, em Assunção. Os reflexos diretos que o Paraná terá com a obra atingirão principalmente a região Sudoeste, transformando Foz do Iguaçu, a cerca de 16 km da obra, em cidades-polo, dispensando a construção de cidades satélites. Avaliações preliminares realizadas prevêem que o número de operários e técnicos brasileiros envolvidos na construção poderá ser de até 8.500 pessoas, o que corresponderá a uma população diretamente dependente da obra de até 25 mil pessoas. Considerando-se a população instantânea que ocorrerá em funçào de Itaipu chegará à ordem de 57.000 pessoas em 1979, ano considerado como o "pico da obra". Desaparelhada para absorver tal contingente populacional, o novo prefeito de Foz do Iguaçu, o coronel Júlio Werner Hackarardt, mesmo antes de assumir o cargo manterá uma série de contatos com a diretoria de Itaipu, em especial o coronel Cássio de Paula Freitas, coordenador no Paraná e chefe do escritório em Curitiba, para, em caráter de urgência, sentir as possibilidades de solução dos seguintes aspectos: revisão do Plano Diretor da cidade; colaboração de Projeto Urbanístico; avaliação dos equipamentos urbanos e investimentos necessários; elaboração de projetos específicos; definição de etapas e fontes de recursos; definição de áreas de responsabilidade e construções.
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