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Aramis

"Limite" e filmes de Omar ganham aplausos americanos

Antes de viajar para Nova Iorque, no dia 19 de setembro, o bom amigo João Luiz Vieira, conservador da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, nos informava que levaria ao Moma (Museu of Modern Art), na Big Apple, uma seleção de filmes de Arthur Omar, todos realizados nos anos 80. Dizia João Luiz: - "A série já havia sido apresentada, com ótima repercussão, em Toronto, em junho deste ano, quando participei do I International Experimental Film Congress. A repercussão foi até Nova Iorque e o Moma se interessou. O que é importante, pois num momento de crise do cinema brasileiro, ainda temos muito o que mostrar, principalmente numa área, a do experimental, que, do Brasil, imagina-se que nada exista". Aliás, um dos mais recentes curtas de Arthur Omar, "O Inspetor"-, que teve seu lançamento no V FestRio, foi o único filme brasileiro pela New York Film Festival. xxx Há duas semanas, foi a jornalista Helena Salem, assessora de imprensa da Embrafilme - onde, aliás, vem realizando um excelente trabalho - que enviou telex para contar que "Limite", 1930, de Mário Peixoto, foi exibido na mostra "Visões Latino-Americanas", na Filadélfia, provocando entusiasmo de crítica e público. João Luiz Vieira foi quem fez a apresentação deste filme-mito, exibido em 3 sessões, com sala cheia, seguido de movimentado debate. A mostra "Visões Latino-Americanas", organizada pela International House, iniciou em abril, exibindo um amplo painel da cinematografia da América Latina desde os anos 30. Em setembro começou a parte brasileira e após "Limite" foram apresentados quatro filmes de Nelson Pereira dos Santos: "Tenda dos Milagres", "Vidas Secas", "Memórias do Cárcere" e "Como era gostoso o meu francês", além dos curtas de Arthur Omar e "O Cangaceiro", de Lima Barreto. Muitos filmes se seguirão - das chanchadas de Walson Macedo a experimentalismo de Júlio Bressane. Helena Salem fez uma conferência-debate sobre os 90 anos de cinema brasileiro, com a exibição de trechos da série para televisão que a Metalvídeo produziu e da qual participou como jornalista-pesquisadora.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
13/10/1989

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