Louco Trânsito Louco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de março de 1977
Em menos de duas quadras, some-se o seguinte: as arrastadas obras de canalização de um rio, um hotel, uma escola com 4 mil alunos matriculados, a porta de entrada lateral de um teatro (onde funcionam também cursos de danças e arte dramática) lojas e ainda, como se não faltasse mais nada, misteriosas obras da Sanepar, rompendo o leito da rua já congestionada. Este é o panorama da Amintas de Barros, entre a Praça Santos Andrade até a Mariano Torres.
As obras de canalização do Rio Ivo, que provocaram a interdição da Rua 15 de Novembro há quase 3 meses, somadas a toda movimentação daquele trecho fizeram com que a outrora tranqüila lateral se transformasse num inferno diário, principalmente nas horas do rush, com dezenas de automóveis parando em fila dupla diante o Centro Cultural Brasil-Estados Unidos, onde namorados e mamães vão buscar as alunas, enormes máquinas atravessando a rua, junto com caminhões pesados pondo em risco a vida de pedestres e motoristas, afora centenas de pessoas equilibrando-se nas passarelas improvisadas lateralmente. E quando chove tudo se transforma num mar de lama.
Apesar de toda essa balburdia, nem às 18:30 horas - quando o rush é mais violento, aparece um único guarda de trânsito para orientar o tráfego. Mas poucas quadras adiante, eles surgem. De caderno na mão, para multar os motoristas que se atrevam a cometer qualquer imprudência. Mas, onde são necessários, nem sombra!
É o trânsito 77.
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