No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de setembro de 1987
Como os pesquisadores Marília Barbosa e Arthur L. Oliveira não puderam vir a Curitiba, na semana passada, participar da I Mostra do Choro, promovida pelo SESC-Portão, a conferência que eles fariam aconteceu com um substituto à altura: o acordeonista, compositor e maestro Orlando Silveira, 72 anos, que acabou ampliando sua participação: na quinta-feira, 27, valorizou o debate sobre o choro & o seu espaço cultural e, no encerramento da promoção, sexta-feira, integrou-se ao Grupo Época de Ouro.
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A I Mostra do Choro foi um exemplo de organização e prestigiamento à boa música instrumental. A abertura aconteceu com a presença do respeitado J. Ramos Tinhorão e houve a preocupação de valorizar os três conjuntos que se dedicam a fazer choro em Curitiba: o grupo de Nilo, o Samba e Serestas e o Regional de Adão.
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O Samba & Serestas é o mais conhecido de todos: dirigido hoje por Hiram Tortato, 29 anos - profissionalmente engenheiro na área da informática, apresenta-se, há 14 anos, religiosamente, todos os domingos, pela manhã, na Praça Garibaldi. Faz ainda atuações no restaurante Da Vinci, em São José dos Pinhais e no Shopping Center Água Verde, tendo um público cativo. Fazem parte do grupo músicos veteranos como Bento Budal, 62 anos (bandolim), Nilo Santos, 63 (violão de 7 cordas), Moacir Azevedo, 62 (cavaquinho), Benedito Ferreira da Silva, 61 (pandeiro) e Altair Rosa, 80 (afoxé). Mas há também um jovem - além do líder Hiram: João Luís Rodrigues, 25 anos, no atabaque.
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Destacar o alto nível da revista "Indústria" é chover no molhado. Afinal, o capricho com que Eddy Antônio Franciosi edita esta publicação oficial da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, se traduz em mais de 63 edições que circulam, ininterruptamente, há 13 anos - com distribuição nacional. O número de agosto traz uma corajosa análise sobre "A Triste Realidade deste Pobre País Rico", um ensaio sobre o Plano Bresser e, uma completa reportagem sobre os prédios históricos da cidade, como o Palacete Hildebrando Araújo, no Batel.
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Não é só o arquiteto Jaime Lerner quem está trabalhando no complexo projeto para transformação de um presídio em Florença num espaço cultural. O concurso internacional de arquitetura para este trabalho fascinante agrupa, na equipe curitibana, a experiência e o talento do ex-prefeito de Curitiba, mais o arquiteto Abrão Assad - autor de inúmeros projetos do maior nível, além de vários profissionais da nova geração. Discreta, a equipe não deseja falar muito a respeito nesta fase de trabalho. Afinal, a concorrência é internacional. Mas quem conhece o know-how destes profissionais sabe que a vitória poderá vir para o Brasil.
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O conselheiro João Féder teve que atrasar no sábado um hábito que mantém há mais de 20 anos: encontrar seus amigos na feijoada semanal - atualmente no Le Doyan. É que às 11 horas, ele começou a autografar seu novo livro, "Crimes da Comunicação Social", e foram tantos os amigos que não teve outra saída do que retardar o almoço. Afinal, Féder, ex-diretor da "Tribuna do Paraná" e "O Estado", é uma das pessoas mais bem relacionadas e estimadas desta Cidade Sem Portas.
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