No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de outubro de 1986
Além da ampliação do Hotel Araucária (Rua Amintas de Barros, ao lado do Teatro Guaíra), a família Pretti vai investir alto e forte em mais três estabelecimentos de primeira categoria: um super-hotel, com 490 apartamentos em Foz do Iguaçu e dois outros em Maringá.
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A prosperidade turística de Foz do Iguaçu leva a crer que até o final da década será o primeiro polo turístico do Brasil: somando-se os projetos, em andamento, o número de hotéis daquela cidade chegará a 220. Atualmente há 102, 48 dos quais classificados pela Embratur.
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Curitiba também em boom hoteleiro: já existem 68 classificados pela Embratur. O mais recente, Duomo Park Hotel, na Rua Visconde do Rio Branco, praticamente ainda está em fase de teste, inclusive procurando atrair público para o seu restaurante.
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A concorrência dos hotéis na cidade está sendo pela boca: enquanto o Doyan, do Slaviero Palace Hotel, é forte na feijoada aos sábados, o Araucária-Flat, tem o requinte da nova cozinha francesa, a cargo de Frank Gros, um francês de Lyon que se instalou em São Paulo (Rua Estados Unidos, 306) para oferecer seu know-how a estabelecimentos de várias capitais.
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Para complementar: o empresário Douglas Borchatt vai investir alguns bilhões de cruzados em dois novos hotéis de primeira categoria, em Curitiba: um na Rua Mariano Torres, outro na Travessa Mena Barreto.
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O PT é nacionalista, briguento, irascível em suas propostas. Mas na hora de conseguir recursos não tem preconceitos contra o rock. Tanto é que ontem a noite promoveu uma festa com exibição de vídeos dos grupos Talking Heads e David Bowie. Para ser mais coerente, o PT deveria prestigiar a música popular brasileira. Especialmente os nossos bregas e rurbanos, que necessitam de espaços para serem valorizados.
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Os novos coreógrafos que estão mostrando seus trabalhos no workshop que se realiza no auditório Salvador de Ferrante mostram atualização musical: para criarem suas montagens buscaram temas musicais de Meredith Monk (compositora pouco conhecida no Brasil), Klaus Doldinger (escolhida por Lia Comandulli para o seu ballet "Evocation") e até o flautista português Rão Kyao, de quem a Polygram acaba de lançar o segundo LP.
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No júri, ao lado de especialistas em dança - como José Faro, crítico do "Jornal do Brasil" e dos coreógrafos Carlos Trincheiras e Tonny Abott & Costelo, também a respeitável figura do historiador David Carneiro, que sempre foi um espectador atento aos espetáculos de dança no Paraná.
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O maestro Norton Morozowicz continua em alto astral: veio passar o fim-de-semana em Curitiba e amanhã estará em São Paulo, onde a Orquestra de Câmara de Blumenau apresenta-se terça-feira, no Teatro Maksoud, dentro da série Concertos Adriano Ramos Pinto.
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Já em fase de prensagem, o quinto elepê (e o segundo neste ano) da Orquestra de Blumenau: com patrocínio da Bosch do Brasil, um belo álbum que traz no lado um a Suíte nº 1 de Bach e, no lado 2, peças de Radamés Gnatalli ("Canção Popular Brasileira"), Henrique de Curitiba ("Serenata Noturna") e Edino Krieger ("Brasiliana").
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Em outubro, de 22 a 30, Norton dirige o II Encontro Nacional de Pequenos e Grandes Artistas, em Goiânia e, 1987, começa com sua viagem a Salt Lake City, como músico convidado para workshops e concertos na Brigham Young University - que, possivelmente se estenderá a outras universidades americanas.
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Desde quarta-feira, Ney Alves de Souza é o homem de marketing e propaganda do grupo Boticário. Depois de 5 anos, deixou a Umuarama, onde era o braço direito (e às vezes também esquerdo) de Eloy Zanetti.
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Ney é dono do mais completo arquivo sobre a publicidade no Brasil, montado ao longo de quase 30 anos. Enriquecido, ainda mais, com a doação de outro arquivo notável, deixado por Carlos Caluby Silveira, falecido no final de 1985.
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Pioneiro entre os agentes de viagens em Curitiba, Aníbal Bond Carneiro, que integrou a equipe de fundadores da Tribuna do Paraná, mostra que o jornalista ainda vive dentro dele: está distribuindo um novo número do boletim informativo de sua agência de viagens, especializada na venda de cruzeiros marítimos.
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O Goethe Institut é o exemplo de instituição cultural que ajuda nossas paquidérmicas e onerosas instituições: nem bem encerrou o seminário Brechet e o Cinema, já anuncia a promoção de um curso de extensão universitária na Universidade Federal, com exibição de noticiários cinematográficos realizados no período 1930/1947. Para orientar o curso aqui estará o professor na direção do Departamento Wilhelm van Kampes, 52 anos, há 3 Berlim-Arquivo e Informações e presidente da Associação Internacional para Recursos Audiovisuais na Pesquisa da História e da Educação.
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Já na galeria Funarte, o Goethe promove palestra de Andreas Muller-Pohle, 35 anos, editor da "Europhean Photograpy", que falará (dia 7, 10h30min) sobre a fotografia na Europa. Em novembro, 10 a 23, no mesmo local, haverá mostra de fotografias de Andreas.
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Por falar em Funarte, melhorando cada vez mais o informativo da Fundação Nacional das Artes. Ao invés de ser apenas um badalativo house-orgam, o tablóide mensal traz bons textos, informações objetivas e até book-reviews dos lançamentos editoriais da Fundação. Pena que estes lançamentos não tenham maior divulgação fora do circuito oficial.
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Outra publicação oficial que merece elogios: o boletim editado pela Embrafilme dirigido por uma das mais competentes jornalistas cariocas, Mary Ventura. São dois exemplos de publicações que cumprem suas finalidades.
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Um livro para leitura das feministas em busca de argumentos para seu blá-blá: "Os machões - O Comportamento do Homem Diante da Nova Mulher" de Phillip Hodson (Nobel, 208 páginas, Cz$ 85,00). O autor fala daquilo que já se chama de "crise de identidade masculina". Ou seja: o comportamento dos homens diante da mudança das mulheres assumindo cada vez mais a independência.
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A apresentadora de TV Lais Mann, que há anos reside em Brasília onde é assessora do senador Enéas Faria - mas que agora volta a Curitiba para produzir e apresentar o programa "TV Homem", vai adotá-lo como livro de cabeceira. Afinal, foi através de experiências colhidas em seu programa em uma estação de rádio de Londres (aconselhando homens e mulheres sobre problemas sexuais e pessoais), que Hodson reuniu material para este livro.
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Enquanto Paulo Leminski voltou a publicidade, inclusive cumprindo horário - após 4 anos em que trabalhava apenas em seu estúdio - sua esposa, a poeta Alice Ruiz, acaba de deixar a house-agency que atende o grupo Pão de Açucar. Agora, Alice trabalha na tradução de 300 hai-kais do poeta japonês Kobayashi Issa, para um livro que terá edição - somente no segundo semestre de 1987.
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