No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de julho de 1988
O governo do Japão não poderia ser mais generoso com o Paraná, tal o número de convites que vem fazendo para técnicos do Estado visitarem aquele país. Nada menos que mais três felizardos foram contemplados com viagens que, por conta própria, é privilégio de bilionários.
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Hudson Prestes dos Santos, pesquisador do Ipardes, está em Tóquio desde o dia 23 - ali permanecendo até o início de agosto - participando do curso "Labour Statcs", patrocinado pela Japan Internacional Cooperation Agency - Jica.
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Paulo Afonso Schmidt, do setor de Engenharia Metal-Mecânica do Instituto de Tecnologia do Paraná, viajou no dia 23 de junho e ficará até o dia 4 de setembro também em Tóquio, assistindo ao curso "Industrial Standardization and Quality Control".
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Já Adelmo Braz Perozin, da Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente - Surehma, viajou no dia 23 de maio e deve voltar no final de julho (se não aproveitar a chance para esticar a viagem pelo Oriente, por sua conta), após concluir um curso de tratamento de resíduos sólidos, promovido pela Japan Internacional Corporation Agency.
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Também Rafael Fuentes Lanillo, técnico do Iapar, não pode se queixar: ganhou uma viagem a Paris. Durante três semanas, a convite do Grupo de Pesquisa e Intercâmbio Tecnológico, participa em Montepllier de um seminário Franco-Brasileiro de Cooperação Técnico-Científica para a Agricultura.
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Um executivo de Estado que tem viajado muito é Antoninho Caron, coordenador do Coind. No final de junho foi ao Paraguai, em dois períodos "em objeto de serviço". Ou seja, com despesas totalmente pagas pelo governo do Paraná.
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Bem mais modesta é a professora Elenice Riccíuli Pimentel: conseguiu dispensa até o final do ano para assistir um curso de pós-graduação em letras (Fitologia e Lingüistica), na Universidade Estadual Paulista, em Assis. Aliás, o que tem de professores estudando em Assis, não está no gibi. Pelo visto, o ensino na Universidade Estadual Paulista é muito bom...
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Como o ator Marcos Nanini está com muitos compromissos profissionais no Rio de Janeiro e São Paulo - telenovelas e o sucesso de "O Mistério de Irma Vap" (de Charles Judlan, que no Rio Permaneceu um ano em cartaz e agora lota o Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo), desistiu de fazer o personagem Saint-Hilaire em "O Drama da Fazenda Fortaleza". De princípio, Nanini havia se entusiasmado com o personagem - fio-condutor no filme que Berenice Mendes vai realizar a partir do romance de David Carneiro - mas não há condições práticas dele permanecer no Paraná pelo tempo necessário às filmagens.
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Para substituí-lo, foi encontrado um intérprete ideal: o francês Jean-Claude Bernardet, radicado há quase 30 anos em São Paulo e que embora famoso como crítico e ensaísta de cinema, já teve algumas experiências como ator. E que aceitou, na hora, o convite.
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Incrível a falta de maior integração cultural entre o Paraná e Santa Catarina. Livros e discos editados em Florianópolis não chegam a Curitiba, apesar da grande colônia barriga-verde aqui existente. Por exemplo, acaba de sair na capital catarinense um elepê reunindo dois dos mais atuantes grupos daquele Estado: Tubarão e Expresso, cada um com cinco faixas. Aliás, nos últimos meses houve mais de dez discos de compositores, intérpretes e conjuntos catarinenses, produzidos de forma independente, que não chegaram ao Paraná.
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A Fundação José Augusto/ Companhia Editora do Rio Grande do Norte continua editando, regularmente, um jornal cultural mensal: "O Galo". Os interessados devem escrever para a Rua Jundiaí, 641, Tirol, Natal - CEP 59.020.
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