A nossa Loteria
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de janeiro de 1970
Em 1969 a Loteria do Estado do Paraná teve um lucro de nada menos de NCr$ 3.577.000,00, integralmente recolhido ao Banco do Estado do Paraná e destinada [às] obras de assistência social desenvolvidos pelo Governo Paulo Pimentel. Criada em 1961, a Loteria do Paraná é hoje uma das [mais] bem estruturadas em todo o País e tem um mínimo custo administrativo: menos de 5% de seu faturamento. Ao ser convidado para organizar a Loteria Estadual, há nove anos, o general Gaspar Peixoto Costa, não tinha nenhuma experiência no setor. "Nem ao menos comprava bilhete", afirma. Mas com dedicação e entusiasmo, aquele militar fêz da Loteria um órgão exemplar. Subordinada diretamente [à] Secretaria da Fazenda, a Loteria tem uma designação jurídica bastante curiosa: "Comunhão de Serviços". Em 1969 o movimento total da Loteria em termos financeiros oscilou na casa de um bilhão de cruzeiros novos (um trilhão de cruzeiros antigos), entre receita, despesas e [prêmios]. Semanalmente são emitidos 28 mil bilhetes (com 289 mil "gasparinos") que distribuem cêrca de NCr$ 150 mil em prêmios. Atualmente está em estudos a elevação do [prêmio] maior - NCr$ 50 mil - para NCr$ 250 mil, que irá aplicar na construção de sua sede própria, deixando assim, em breve, o prédio nº 437 da Rua Desembargador Westphalen, alugado quando de sua instalação por NCr$ 50 e que hoje custa NCr$ 950,00 por mês. A distribuição dos bilhetes é feita pelo Banestado, que os coloca em todo o Estado por 10 representantes, e êstes, através de milhares de cambistas. "Embora nos dê mais trabalho, a maior satisfação da diretoria da Loteria é quando o [prêmio] maior sai para bilhetes fracionados: sentimos uma alegria dividida entre as 10 pessoas que o adquiriram", diz o general Peixoto.
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