O amigo de Marcolino
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1974
O professor Newton Freire-Maia do Laboratório de Genética da Universidade Federal e de quem a Vozes acaba da lançar a interessante monografia "Brasil Laboratório Racial" (volume 4 da coleção Cosmovisão), é um dos poucos amigos pessoais, em Curitiba, do médico Marcolino Gomes Candau, 61 anos, diretor da Organização Mundial de Saúde durante 20 anos e indicarão como o possível sucessor da Mário Machado de Lemos no Ministério da Saúde, no Governo Geisel. É que devido seu alto cargo da OMS, para o qual foi reeleito quatro vezes, Marcolino passou muitos anos distante do Brasil e seu relacionamento sempre foi bom com os cientistas que trabalham em Genebra. E como Newton constantemente tem sido requisitado pela OMS, nasceu uma grande amizade com o professor Candau, cuja eleição, por sinal para aquela função, em 1951, nasceu quase por acaso. O Brasil não tinha candidato oficial para a direção geral da OMS e ilustres especialistas da Itália e Inglaterra disputavam o posto, quando o diplomata Roque da Motta, hoje cônsul em Nova Orleans, indicou o nome de Candau que nem sabia do fato e, como representante de um terceiro e independente grupo, acabou sendo eleito, desenvolvendo um trabalho tão notável que ali permaneceu por 20 anos.
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