A viúva Condé
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1974
Morena, simpática e inteligente, a professora Maria Luiza Cavalcanti Condé, coordenadora nacional do Mobral-Cultural, veio a Curitiba para instalar o primeiro posto deste novo projeto, no colégio Omar Sabagg, e antes da solenidade, comentava com Antônio Carlos Guerber, diretor artístico da Fundação Teatro Guaíra, o fato de um jovem dramaturgo, Vital Santos, ter escrito uma peça totalmente inspirada em "Terra de Caruaru", de José Ferreira Condé (1916-1971) e só ter passado a citar a obra após ameaçado de ter o texto interditado. "Fiz isto não por interesse financeiro, mas para evitar que ficasse obscurecido o trabalho de José", explica Maria Luiza, que após a morte do marido, reuniu alguns originais inéditos e lançou o livro "Chuvas". Nascido em Caruaru, Pernambuco, José Condé escreveu 15 romances, dos quais o de mais popular foi "Um Ramo para Luiza", constantemente reeditado pela Civilização Brasileira e filmado por Paulo Porto em 1966. Atualmente, Maria Luiza Condé está estudando a proposta de dois cineastas interessados em filmar "Vento do Amanhecer em Macambira" (1962) e um dos contos de "Pensão Riso da Noite; rua das mágoas" (1966).
Enviar novo comentário