O apoio de Zé Domingos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de maio de 1979
O deputado José Domingos Borges Teixeira, que o chegou a Assembléia Legislativa após uma agilização de 2 anos na Câmara de Vereadores cadeira que conquistou graças ao seu trabalho no dia a dia do jornalismo no rádio e televisão, mostrou que pelo menos é um leitor atento desta coluna. E no mesmo dia em que publicamos (26/4/79) comentário sobre a devastação das enciclopédias, livros e revistas nas bibliotecas da cidade, por parte dos estudantes do 1º e 2º graus, estimuladas pelos professores que exigem ilustrações para discutíveis trabalhos de pesquisas. [Ele] levantou a questão na Assembléia Legislativa. Assim requereu o envio de ofício ao secretario Edson Machado de Souza, da Educação e ao prefeito Jaime Lerner, solicitando que sejam baixadas instruções aos professores do Estado e do Município, nas [áreas] área do ensino fundamental e médio, "no sentido de que não sejam mais computadas como pontos, como nota para média de aprovação, as pesquisas ilustradas pelos alunos". Na justificativa de seu requerimento, o deputado José Domingos transcreveu nossas observações, finalizando por acrescentar: "É preciso que este problema, do conhecimento público e das autoridades educacionais há muito tempo, não fique adstrito a mais esta denúncia. São necessárias providências saneadores urgentes". Agora vamos aguardar quais as providências que o novo Secretário da Educação e o prefeito Lerner vão tomar. Infelizmente na área do ensino privado o problema continua - e só o bom senso dos responsáveis pelos colégios é que pode fazer com que o verdadeiro estímulo ao vandalismo nas bibliotecas cesse. E se isso não acontecer, vamos dar os nomes das escolas e colégios, cujos professores(as) preferem julgar a capacidade dos alunos pela "habilidade" dos [mesmos] em conseguirem apresentar trabalhos ilustrados (sic), mesmo que, para isso, destruam obras das mais importantes".
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