O reecontro de Shirley
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de abril de 1989
Já se chegou a anunciar, mais de uma vez, uma visita de Shirley MacLaine ao Brasil, que incluiria, forçosamente, uma passagem por Curitiba já que, dentro de seu espiritualismo atuante, há muito tem ligações com a Ordem Rosa Cruz e desejaria conhecer o Templo Amor no bairro do Bacacheri.
Hoje, Shirley MacLaine é tão admirada como atriz como conhecida como escritora, com livros que por meses permaneceram nas listas dos mais vendidos ("Dançando na Luz", "Minhas Vidas", "A Vida É Um Palco"). O público de Shirley é tanto que a Record relançou agora, com novo título ("Você Também Pode Chegar Lá") e nova capa, um de seus primeiro livros, "O Reencontro" (tradução de Eduardo Francisco Alves, 272 páginas), no qual fala de uma fase em que atuou em produções televisivas, enfrentou fracassos mas, sempre otimista, deu a volta por cima. Em seu primeiro livro, "Não Caia na Montanha", Shirley contava, sempre de maneira poética e divertida, a sua vida familiar, o começo de sua vida artística e as primeiras experiências com o misticismo oriental. Em "Você Também Pode Chegar Lá" - que é narrado em forma de flash-back, a partir de seu retorno aos palcos, como show-woman em Las Vegas, na noite de 12 de julho de 1974, temos a experiência política da atriz de "Se Meu Apartamento Falasse" na campanha presidencial do senador McGovern há alguns anos, a descrição de sua viagem à China Continental (do qual resultou também um documentário). Foi uma experiência fascinante à Shirley - numa comitiva de 12 mulheres, de várias origens e segmentos sociais. O contato com a realidade naquele imenso país comunista, na época (1972) ainda praticamente fechado ao mundo ocidental, fez sua cabeça.
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