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Aramis

O rei nat em sua majestade vocal

No finalzinho de 1989, como um verdadeiro presente de Natal, a EMI-Odeon lançou "Songs We'll Never Forget", caixa com 5 elepês reunindo 60 das melhores gravações de Nat King Cole durante os muitos anos que esteve contratado da EMI-Odeon. Síntese de um projeto global que no EUA se constituía em 20 elepês - também lançados em CD - "Songs We'll Never Forget" ficou como um dos melhores relançamentos do ano que passou, embora, infelizmente, sem ter a divulgação merecida. Francisco Rodrigues, na área de projetos especiais da EMI-Odeon vem dando seqüência às reedições dos grandes nomes do catálogo da EMI-Odeon, sejam em projetos mais pretensiosos - como "Travessia", caixa com 5 elepês reunindo o fundamental do que Milton Nascimento ali gravou; "O Trovador das Américas" com o romantismo de Altemar Dutra - falecido há sete anos (19/11/83) e Nova Iorque, aos 43 anos, ou os três primeiros álbuns de João Gilberto - seja em discos avulsos, originais como foram produzidos ou em montagens. Também internacionalmente a Capitol - um dos selos do grupo EMI - tem séries de reedições, como a respeitável "Collector's Series", pela qual saiu "Making Cole", síntese com 30 clássicos do repertório de Nathaniel Coles (Montgomery, Alabama, 17/3/1917 - Santa Monica, Califórnia, 1969). Uma das vozes mais belas dos anos 40/50, Nat "King" Cole foi também notável pianista de jazz - sendo histórico seu Cole Trio, com um manancial ainda à espera de reedição. Neste volume que se constitui numa espécie de trailer do pacote de 5 elepês, temos desde seu maior êxito "Nature Boy" (Eddie Ahbez), gravado em 22 de agosto de 1947, lançado em março de 1948 e que, dizem alguns historiadores, se tornaria uma espécie de "hino oficial" dos enrustidos gays dos anos 50 - até gravações já do final de sua carreira, como "Love" (Kaempfert/Tabler), lançado em setembro de 1964. Produção cuidadosa de Ron McCarrel, numa compilação de Ron Furmaneck, esta reedição desenvolvida nos estúdios da Capitol em novembro/89, traz informações detalhadas de cada canção nele incluída, num exemplo de como se produz um documento sonoro de um artista que criou clássicos como "Mona Lisa" (1950), "Unforgetable" (1951), "Pretend" (1953), "Send For Me" (57) e tantos outros momentos inesquecíveis.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
7
14/10/1990

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