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Observatório

Avelar Amorim, natural de Pernambuco, há mais de 10 anos radicado em Curitiba onde hoje é dono de um dos mais lucrativos escritórios de empresariamento artístico, atuando especialmente no Interior e em Clubes, conseguiu, graças a um trabalho honesto e contínuo, a confiança de muitos nomes de prestígio. Simpático e bem relacionado, Avelar tem também tentado produzir alguns "shows" em teatros, o que lhe consumiu grande parte dos imensos lucros que a "venda" de artistas para os clubes lhe garante. E a amizade de Amorim com os Demônios da Garoa, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho o levou a [trazê-los] novamente a Curitiba neste fim de semana, para uma única apresentação, hoje, às 1 horas, no Guairão. Um "show" simples, com samba e choro, sem maior sofisticação, mas que deve agradar ao grande público. Dando certo, Avelar vai continuar nesta linha. Depois que o advogado e delegado Celso Toniolo, 36 anos, também jornalista profissional e formado pelo curso permanente de teatro da FTG, reestruturou a Associação Profissional dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado do Paraná, na segunda-feira, dia 7, passou o cargo para o cirurgião dentista Aloísio Cherobim, que se dedica há quase 30 anos, junto com sua esposa, a professora Luciana Cherobim, ao teatro amador. Inicialmente junto ao Sesi, depois no Colégio Estadual do Paraná é, bissextamente, na Escola Técnica Federal do Paraná, o casal Cherobim tem tido uma válida participação no movimento teatral paranaense. Luciana, apesar de 7 filhos e uma média de 6 horas de aulas por dia, ainda dirige 2 peças infantis por ano e fundou, em 1978, a Associação de Teatro Infantil de Curitiba, em cuja presidência está agora a jornalista Dina Pinheiro Ribas. O fato de tanto Toniolo como, agora, Cherobim, terem outras profissões - e ocuparem a presidência da Apatedep, demonstra que apesar de todos os esforços em favor da vitalização de nosso teatro, ainda são poucos os que podem viver só da arte cênica e espetáculo. Curiosamente, quando pessoas que se dedicam mais diretamente ao teatro dirigiram a entidade, a mesma fracassou. Com Toniolo, advogado, bem relacionado, foi estruturada em forma legal, principalmente frente às leis que regulamentaram a profissão de diretor, intérprete, técnico, cenógrafo, etc. Agora, Aloísio Cherobim, entre uma extração e obturação, terá muito trabalho à frente. Sem qualquer remuneração e, ao contrário, tendo que tomar uma boa dose de analgésicos para curar as dores de cabeça que voluntariamente decidiu assumir.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
6
12/04/1980

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