Órgão Não Identificado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de agosto de 1975
O órgão é hoje um dos instrumentos mais usados na música popular, tendo deixado muito a nobreza das igrejas. O falecido maestro André Pennazzi fez uma série de discos com músicas de sucesso, em que os solos eram em órgão. A música pop, quando mais imaginativa, também não dispensa este instrumento de grande alcance. Agora é incrível que uma gravadora lance um elepe chamado "Órgão Maravilhoso" (Copacabana/SLOP 40648, junho/75), baseando todos os arranjos neste instrumento e simplesmente não registre siquer o nome do solista. Lógico que se entende a razão: deve ser um artista contratado de outra fábrica, mas isso não impede que se lamente esta omissão. Produzido por Paulo Rocco, com arranjos de Eduardo Assad e aparecendo como responsável pelos "efeitos" um certo Antenor, nasce a dúvida: não será este o organista misterioso, que desfila 12 músicas despretenciosas, buscando uma aceitação popular? Até o "O Charilongo", da dupla paranaense Tuclay-Marcelo, está incluída neste comercial repertório que tem as seguintes músicas: "Foi Tudo Culpa de Amor" (Diana), "A Noite e a Despedida" (J. Ribamar Beto Scala), "Emmanuelle" (Pierre Brachelet), "Don't Le Me Down" (Allan Clarke), "Laughter In The Rain" (Sedaka-Gody), "Vamos Dar As Mãos e Cantar" (Sylvio Cesar) "Alegria Triste" (Joper/Pinga), "Côco Sõ Côco" (Villanova/Badi), "Farofá-Fá" (Mauro Celso), "Quero Ouvir O Mundo Cantar" (Santiago) e "O Exorcista" (Bento Ribeiro/Monalisa).
Afora a Top Tap, também a Copacabana está interessada em divulgar o rock alemão. Assim lança o lp "Lemmingmania" gravado pelo grupo germânico Amon Duul II, evidentemente até agora totalmente desconhecido mesmo dos mais bem informados curtidores da elétrica música internacional. Todas as composições são dos próprios integrantes do conjunto, liderado por John Weinzierlir.
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