Uma exibição de "Limite" com a sinfônica do Paraná
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de outubro de 1991
Por ocasião do XXVI Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em julho, a secretária Gilda Poli, da Cultura - que ali esteve presente - entre uma e outra apresentação, ficou conhecendo a jornalista Mary Ventura, assessora do evento e que organizou a exibição do clássico "Limite" (1929, de Mário Peixoto), na noite de abertura do Festival no Teatro Nacional. Uma cópia nova, perfeita, em projeção magnífica, com uma atração especial: a trilha sonora que o ator Bruno Pedreira havia ajudado Peixoto a escolher para ser apresentada ao vivo durante as projeções (o filme foi realizado ainda no tempo do cinema mudo) ganhou uma adaptação especial do maestro Sílvio Borbato -, para ser apresentada em forma de concerto.
O sucesso daquela noite foi tanto que surgiu a idéia de levar o filme a outras cidades em que existindo orquestras sinfônicas pudesse se repetir a promoção. Ao conversar com a jornalista Mary Ventura (que é esposa do jornalista Zuenir Ventura, do "Jornal do Brasil" e autor de "1968 - O ano que não terminou"), a secretária Gilda Poli manifestou seu interesse em que a promoção ocorra em Curitiba. Afinal, aqui temos uma orquestra sinfônica, dirigida por dois maestros competentes e o auditório Bento Munhoz da Rocha Neto presta-se para um evento desta natureza. Não possui, evidentemente projetor de 35mm, mas isto o próprio Instituto Brasileiro de Arte e Cultura - que supervisiona o evento - dispõe (inclusive é um tipo especial, portátil e que se ajusta a velocidade especial com que o filme foi realizado).
A idéia foi levada por Gilda Poli ao então recém-assumido superintendente da Fundação Teatro Guaíra, o ator carioca Oswaldo Loureiro. Contatos foram estabelecidos mas o projeto está ainda sem definição.
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