Uma rua chamada Francisco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de julho de 1976
Uma das menores e mais antigas ruas de Curitiba a São Francisco, que atravessa apenas três quarteirões no Setor Histórico-Tradicional, terá em seu último trecho, em breve, apenas destinação cultural. Para isso basta que a Prefeitura destine recursos para desapropriar alguns antigos casarões entre o largo Coronel Enéas e a Avenida Barão do [Serro] Azul.
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Na esquina da São Francisco com o início da Estrutural Sul, o antigo prédio da EOEIG, foi transformado no Museu Guido Viaro. Na outra esquina, existe a Casa Romário Martins, que vem aumentando suas atividades. O casarão intermediário, atualmente ocupado como pensão e bar, sendo desapropriado e restaurado, poderá sediar o futuro Museu da Cidade e permitir, inclusive, ampliações das atividades da Casa Romário Martins, agora com direção do arquiteto Key Imaguirre Junior, que é um especialista em restaurações de prédios.
A Aliança Francesa, que está sendo obrigada a deixar o andar que ocupa em edifício residencial na Rua Comendador Araújo, mostra-se também interessada em vir a instalar-se no Setor Histórico, onde o "Goethe Institut" já ocupa um casarão pertencente ao professor Newton Carneiro. Outras entidades culturais também estão pensando em aproveitar antigos imóveis nas proximidades, fixando assim uma atividade artístico-cultural bastante intensa e representativa naquela zona da cidade.
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Diógenes Stori, diretor de relações públicas do Móveis Cimo, esteve ontem com Ennio Marques Ferreira, diretor da Fundação Cultural, obtendo orientação técnica para a galeria de arte que funcionará junto a loja Cajuru. Embora diretamente não vá exercer nenhuma atividade junto a nova galeria. Ennio, desenhista e experiente no campo das artes plásticas, se propôs a colaborar com a iniciativa da empresa de prestigiar os artistas plásticos.
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