A vida de Carmen
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de abril de 1978
Pouco a pouco, aparecem os pesquisadores da música brasileira: Abel Cardoso Júnior, da cidade de Sorocaba, SP, após anos de meticulosa garimpagem sobre a vida de Carmem Miranda, acaba de publicar um volumoso trabalho. Em edição do autor, mas impresso na Símbolo S/A, de São Paulo, com capa do pesquisador Miécio Caffé (dono de uma das maiores coleções de MPB do País), "Carmem Miranda, A Cantora do Brasil" (496 páginas),formato 14x21), está sendo vendido diretamente pelo autor, a quem devem ser feitos os pedidos: Rua Dr. Fernando Costa, 129, CEP 18100, Sorocaba, SP. Acompanhados, evidentemente, de cheque visado, no valor de Cr$ 220,00.
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A professora Elizabeth Luz, diretora administrativa de Assuntos Culturais da SEC, dona de uma respeitabilíssima biblioteca sobre arte contemporânea, está entusiasmada com as idéias que a critica Marta Traba, desenvolve em "Duas Décadas Vulneráveis Nas Artes Plásticas Latino-Americanas-1950/70" (Paz e Terra,157 páginas, Cr$ 80,00). Argentina, 48 anos, radicada na Colômbia desde 1950, meia dúzia de livros publicados, Marta Traba é bastante incisiva em sua análise sobre as artes plásticas latino-americanas, entocando, inclusive, o Brasil - da Semana de Arte Moderna e seus reflexos às Bienais. No final, Marta conclui por uma tese: existe na AL uma "arte da resistência", baseada na defesa da região e tão afastada dos defeitos do indigenismo e do nativismo como de um internacionalismo que converte a arte em um elemento neutro e decorativo a serviço de um pequeno grupo de privilegiados".
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