Mundo Plástico
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de junho de 1974
Com uma individual do escultor primitivo Antônio Ferreira, 28 anos, de Ivaiporã, humilde açougueiro que surge como um dos mais criativos artistas populares, a galeria do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos realiza mais uma importante mostra este ano, a partir do dia 18.
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Criada há 2 anos, aquela galeria se firmou como o mais importante centro das artes plásticas da cidade: dirigida por uma comissão de alto nível, Laila Cury, (diretora executiva do Centro), jornalista Aroldo Murá, Ennio Marques Ferreira e crítica Adalice Araújo, a galeria não só oferece aos expositores um excelente espaço, como financia os convites, catálogos e coquetel, não cobrando nem um centavo de comissão. Em compensação, o rigor é absoluto e as 10 mostras ali realizadas foram todas de gabarito, obtendo ótimos índices de vendas.
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A última delas foi do artista Franco Giglio, cujos desenhos obtidos através de uma nova técnica esgotaram-se na noite de vernissage.
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Senhoras elegantes e circunspectos cavalheiros constituíram a maioria do público presente terça-feira, à noite, na Guelmaison, na inauguração da segunda individual da pintora Suzana Villela. Como 90% dos presentes eram grandes contribuintes do imposto de renda, mais da metade dos 42 elos quadros em exposição foram vendidos.
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Suzana confirma nesta mostra que é uma pintora de muita sensibilidade: figuras tristes de grandes (e belos) olhos - como os seus, em cores muito comunicativas.
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O desenhista e estudante de arquitetura, Guilherme Zamoner Neto, que há 5 anos começou publicando charges em O Estado, ataca também em exposição: de mãos dadas com Sílvia Folloni fez uma série de trabalhos que estão na mostra "Comportamento", na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
LEGENDA FOTO 1 - Laila
LEGENDA FOTO 2 - Ferreira
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