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Alberto Ribeiro

...e o choro venceu na Feira Pixinguinha

Um chorinho despretensioso, mas de muita beleza e ritmo, acabou sendo a música vencedora da Feira Pixinguinha, encerrada sábado, dia 23, no auditório da Associação dos Servidores do Banco Central - uma magnifica instalação, no setor de clubes, em Brasília. Promoção da Funarte, através da Consultoria de Projetos Especiais, destinada a abrir chances para novos compositores, a Feira Pixinguinha teve mais de 500 músicas inscritas, das quais, em 4 eliminatórias, realizadas nas semanas anteriores, foram selecionadas 12 que concorreram na finalíssima.

Presença de Braguinha

Apesar do frio que fazia na cidade da Lapa, na noite de segunda-feira, todas as cadeiras de palha do centenário Teatro São João, um dos mais originais do País, em seu estilo elisabeteano, foram ocupadas por crianças e adultos que, aplaudiram o espetáculo "Três Tempos", abrindo o Circuito Paraná.

Paródias

O parisiense ambiente do Ile de France, com toda sua tradição, transformou-se, a partir da meia noite de terça-feira, num descontraído espaço onde, após enfrentar um apimentado filé, o compositor Luís Antônio (de Pádua Vieira da Costa), 57 anos, mostrou a um grupo de amigos, muitos de seus sambas que poucos conhecem e com letras das mais pitorescas. Entre estas, uma intitulada "Cartilha" que ganharia, facilmente, um concurso de canções de (fino) humor.

De noites estreladas, músicas juninas e o mercado sertanejo

O céu parecia de encomenda: estrelas brilhando com todo o fulgor como se espera numa noite de Santo Antônio. E o frio polar que fez na sexta-feira, 13, não impediu que pelo menos 70% do Pavilhão Antônio Laverda Braga, em Campo Largo, ficasse ocupado pelo público que foi aplaudir o II Festival de Música Junina, com 14 concorrentes - inclusive de São Luiz, do Maranhão, e tendo a dupla Belarmino & Gabriela como mestre-de-serimônia.

Em todas as rotações

1) Quando ainda em vida, durante uma apresentação onde se encontrou com o cavaquinista Waldir Azevedo, o falecido violinista Dilermando Reis (22/9/1916-3/1/1977) lançou um desafio que (Waldir tocasse o choro "Magoado", criado para solo de violão, e que Dilermando, seu autor, tocava com virtuosismo. Passado o tempo, só agora Waldir pode pagar sua dívida com Dilermando: "Magoado", choro de difícil execução no cavaquinho é uma das faixas principais do novo lp de Waldir para a Continental, as vésperas de lançamento.

A década de ouro de nosso Carnaval

No Rio de Janeiro, o pesquisador Jairo Severiano, um dos autores da Discografia da Música Brasileira (4 volumes) e que no ano passado coordenou o belíssimo projeto homenagem a Caymmy, está ultimando um livro sobre a vida e a obra de Braguinha, acompanhado de um elepê com seus maiores sucessos, na interpretação dos jovens da "orquestra de vozes" Garganta Profunda. Estas duas produções, mais shows, sessões solenes, exposições e outros eventos marcarão a 29 de março de 87 os 80 anos bem vividos e amados de Braguinha.

Brasilidade

Se alguém, em algum momento, argumentou que o choro não entusiasma o público, na noite de sexta-feira, quando o frio climático era mais intenso no Teatro do Paiol, houve (mais) uma prova ao contrário: os mais calorosos aplausos foram ouvidos ao longo de quase dois minutos após o flautista Copinha (Nicolino Coppia, 66 anos, 51 de vida instrumental) ter solado quatro dos mais belos choros de Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana, 1898-1973): "Cuidado Colega", "Naquele Tempo", "Segura Ele" e "Carinhoso".

Justiça a Déo

Ao se propor a realizar a série de reedições para a Continental, utilizando o seu impressionante acervo, o pesquisador João Luiz Ferreti decidiu que não se restringiria aos nomes conhecidos e ainda com uma popularidade capaz de garantir boas vendas, mas também procuraria revalorizar artistas injustamente esquecidos. E tanto é que o volume 20, é dedicado a um cantor dos mais importantes durante pelo menos duas décadas (30/40) e que hoje não é lembrado por muitos poucos: Déo (Ferjalla Rizkalla, 10 de janeiro de 1914 - 23 de setembro de 1971).

O Inicio & Os Conjuntos Vocais

A produção da série Cultural na Continental, com João Luiz Ferreti orientando as básicas coleções " Ídolos da MPB", e "Destaques" já começa ter positivos reflexos em outras fábricas; Marcus Pereira associou-se a Copacabana, com, entre outros planos de reeditar criteriosamente o excelente acervo da fábrica paulista e na Phonogram, o experiente Paulo Tapajós, inicia uma série histórica, começando com um prometido álbum duplo alusivo aos 40 anos da Rádio Nacional, comemorados há duas semanas.
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