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O Estado de São Paulo

Artigo em 18.09.1985

Enio Silveira é o mais respeitado nome do meio editorial brasileiro. Fundador e diretor da Civilização Brasileira, fez os mais importantes e corajosos lançamentos, durante mais de 20 anos. Oprimido pela Revolução, acabou se desfazendo daquela casa, hoje pertencente a um grupo multinacional. Mas agora o bravo Enio volta a ter uma editora: a Philobilion Livros de Arte Ltda., E um dos primeiros lançamentos será uma bela edição com sonetos do paranaense João Manuel Simões, de quem Enio já lançou duas obras.

As danças de Granados e "Zarathustra" na íntegra

O catálogo de música erudita da Polygram é enriquecido a cada mês com novas edições importantíssimas. Dois exemplos: "Granados/ Danzas Espanholas" com Alicia [De] Larrocha (London/Decca Record) e "Also Sprach Zarathustra", com a Orquestra Sinfônica de Boston, sob a regência de Seizji Ozawa, tendo Joseph Silvestein como solista no violino (Philips/ Polygram).

Os livros de Luiz e Karam

Dois jornalistas de Curitiba em lançamentos editoriais de fôlego nacional: Luiz Manfredini, 35 anos, autografa, hoje a noite, na Casa Romário Martins, "Albânia - Horizonte Vermelho nos Balcãs" (Alfa Omega, 208 páginas). Já pela Marco Zero, está saindo "Fontes Murmurantes", primeiro romance de Manoel Carlos Karam, ex-secretário de redação de O ESTADO DO PARANÁ e autor de várias peças de teatro e de um livro de poemas. xxx

Wilson Martins volta à UFPR. Só por um dia

Wilson Martins, uma das glórias da inteligência paranaense, há 20 anos titular de Literatura Brasileira na University of New York, fez, ontem pela manhã, no anfiteatro do 6º andar do Edifício Dom Pedro II, na Universidade Federal do Paraná, uma palestra sobre a [especialidade]: a crítica literária. Seria apenas o registro de um evento acadêmico, se não houvesse um significado especial nessa conferência: há muitos e muitos anos que o professor Martins, apesar de todo o prestígio internacional que grangeou, não entrava em nossa septuagenária (e [artéria] esclerosada) universidade.

Presença de Denise e programa de Zuza

A estrela sobe. A iratiense Denise Stocklos, hoje o primeiro nome da mímica no Brasil, continua na maior evidência, requisitada para o que existe de melhor em termos artísticos. Por exemplo, desde o dia 27 de fevereiro, é a única artista fixa do projeto Women, realizado no Teatro Sesc-Pompéia, dentro das comemorações que o Sesc-São Paulo idealizou para lembrar o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Emoção do real em "Feliz Ano Velho"

A emoção que "Feliz Ano Velho" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, até domingo, 21 horas) passa ao espectador é imensa. O fato de ser uma honesta recriação do depoimento de um jovem de 20 anos que, há 6 anos passados, ficou paralítico - e ser, filho de um deputado cassado e morto pela repressão (Rubens Paiva) - dá a esta montagem teatral maior carga humana.

Como fazer a criança gostar da boa música

Realmente a Summus é uma das editoras mais preocupadas com a educação e a criança no Brasil. Prova disto é a sua básica coleção "Novas Buscas em Educação", com quase duas dezenas relacionados a educação infantil - literatura, didática, televisão etc. Agora, acrescenta-se "A Música e a Criança" de Walter Howard. Um livro destinado a todos os educadores, no sentido mais amplo e significativo da palavra. Relaciona a música com a leitura, a ginástica, a percepção das cores, a arquitetura e outros campos. Enfim, uma obra simples, bela e completa.

Crônica Familiar

"Sonho e realidade são uma só coisa... Tudo pode acontecer. E tudo é sonho e verdade... O tempo e o espaço se confundem sobre a base frágil de uma frágil e fugitiva realidade... A imaginação tece a sua tela e cria novos desenhos... novos destinos..." (August Strindberg) xxx

No campo de batalha

PAULO Leminski fez um poema-apresentação para a exposição de Luís Schwanke, um dos bons artistas do Paraná: "Seios, anseios e recheios" - Depois de ver dois textos que pretendia encenar este ano vetados pela Censura. "O Amigo do Amigo da Onça" de Manoel Carlos Karam e a adaptação que Paulo Ciça fez para "O Analista de Bagé" - José Maria Santos optou por um texto de seu amigo Sérgio Jockymamm: "Treze". Do autor de "Lá", o monólogo que Zé Maria apresentou mais de 1.200 vezes em 10 anos, agora uma comédia para dois intérpretes: Zé e o veterano Luizio Cherobim.

Na tela, o palco iluminado da vida

Duas visões dos bastidores do teatro tendo por cenário a II Guerra Mundial: a Paris ocupada em Ö Último Metrô"(Cinema I, somente hoje às 14, 16, 18 e 20 horas) e a Inglaterra bombardeia nazistas em "O fiel Camareiro"(Cine Astor, hoje e amanhã). Se "Le Dernier Metro", que François Truffaut realizou há quatro anos é um filme abrangente, sobre um grupo teatral da resistência que procurava sobreviver no período mais difícil da ocupação, em "The Dresser "o texto de Ronald Harwood mergulha no sentimento e tragédia de velhos tempos profissionais do teatro.
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