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Aramis

12 horas do melhor jazz

Em rock é comum, mas em jazz é novidade: 12 horas ininterruptas da melhor música instrumental. Ao vivo. A idéia foi de Caetano Rodrigues, 52 anos, vice-presidente do Blue Note Jazz Clube e a experiência acontecerá hoje, a partir das 16 horas no Clube 505: duas dezenas de músicos, entre profissionais e amadores, estarão se revezando nas mais diferentes formações para provar que o curitibano gosta de jazz. xxx Para comemorar os 90 dias de funcionamento do Blue Note, Caetano e o presidente, engenheiro Eduardo Guy de Manoel, bolaram esta jam-session que "se depender dos músicos, só terminará às 4 horas da manhã". E como o início está marcado para as 16 horas, com o Sigma Jazz Group fazendo a abertura oficial, muito som vai rolar. O Sigma foi criado no início do ano, graças a paixão de Guy de Manoel por jazz, que vem bancando, através da Sigma/Dataserv, para que Miceli (pistom), Scarante (Guitarra), Fernando Montanari (piano), Maurici (bateria) e Boldrini (baixo), possam fazer à música que mais apreciam: o jazz estilo anos 40/50. Deste núcleo, nasceu o Clube Note Jazz Clube, cujas jam-sessions atraem cada vez um público maior e interessado - o que levou a proposta de emendar a reunião de hoje (que terminará às 20 horas), com um espaço livre, noite e madrugada afora, para todos que desejarem mostrar seus méritos. Só que, para tocar com o pessoal, há que se gostar de jazz e conhecer os standards que rolam - a partir dos quais são feitas as improvisações. xxx De princípio, estão previstas canjas - e também apresentação de músicos convidados (devidamente remunerados) - de instrumentistas como o pianista Gebran Sabag, pistonista Saul, bateristas Juca e Carlinhos de Freitas, o múltiplo Alfredi (piano, gaita de boca, guitarra), saxofonistas Orlando e Helinho - além de outros como Danilo (piston), Caco (Baixo), Tampinha (bateria), Hildebrando (piano) - e as vozes da afinadamente sensual Selma e do jazz-country Tramujas, entre tantos outros. Quem pintar no "505" verá uma noite de muito jazz. Longa vida ao jazz! Morte ao rock ensurdecedor - gritam Caetano e Guy, que prometem abrir, no fim da noite, uma dúzia de Veuve Cliquot, safra 1953, aos melhores músicos da noite. Champagne, aliás da adega de Caetano - uma das maiores do Brasil - assim como sua coleção de laser e vídeos sobre jazz.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
17/10/1987

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