Accioly não quer ser Desembargador
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de fevereiro de 1975
O senador Accioly Filho continuará em Brasília por mais quatro anos. Embora a sua decisão oficialmente só seja anunciada quando de seu retorno de Brasília, o presidente do diretório regional da Arena já teria anunciado a amigos de que após pensar demoradamente acabou optando pela continuidade de seu mandato, descartando assim a sua indicação certa para ocupar a vaga do Tribunal de Justiça do Estado, aberta com a repentina morte do desembargador Mercer Junior. Jurista brilhante, até hoje mantendo um movimentado escritório em Curitiba - até agora dirigido por seu primogênito, o senador Accioly Filho nunca escondeu o seu sonho maior: ser o primeiro paranaense a ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. A possibilidade desta ascensão continua aberta em qualquer circunstância: como desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná ou como senador. Quem vai gostar de saber desta decisão é o advogado Dalio Zippin, um dos mais estimados curitibanos e que é candidato à vaga de Mercer Junior - esta vez privativa dos bacharéis em Direito.
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Pedro Lauro começa a ganhar notoriedade: foi o único paranaense citado em destaque na reportagem "Novos ou quase" que ocupa o rodapé de dez páginas do número de "Veja" que está nas bancas. Mas, ao contrário do que a "Veja" informa, ele não se elegeu vereador em 1963 pelo PSD, embora desde aquela época viesse tentando conseguir seu lugar ao sol na política. Na Câmara, Pedro Lauro Domarodzki, 36 anos, anuncia que será "o representante do pecuarista, do agricultor e do povo: vim para ser útil e vou me preocupar com as pequenas coisas, sem pensar em abertura política, mas cm assuntos que ainda atinjam o povo". Seu primeiro projeto será sobre a conservação das matas, obrigando as panificadoras a usarem forno elétrico para evitar a queima de lenha ou carvão vegetal. Ex-jornaleiro, ex-padeiro, dono de banca de revistas e jornais, Pedro Lauro foi a grande surpresa das eleições de 15 de novembro: elegeu-se pelo MDB gastando apenas Cr$ 1.500,00 e aparecendo na TV quatro vezes.
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No texto referente ao senador Evilazio Vieira (MDB-SC), houve uma omissão: "Lazinho", ex-prefeito de Blumenau, foi um craque do antigo Palestra Itália nos anos 50.
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