Bach em duas ótimas edições
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de maio de 1988
Leo Barros, o eficientíssimo diretor da área de jazz e clássicos da Polygram, antes de embarcar para a Europa, deixou pronto para lançamento um novo pacote erudito, incluindo álbuns e também uma nova (excelente) coleção de fitas cromo (Silver Line Classics), com dez volumes.
Entre o material clássico, mais dois álbuns para quem aprecia a chamada música antiga, com obras de Johann Sebastian Bach (1685-1750). Com The Academy of Ancient Music, sob a direção de Christopher Hogwood, com instrumentos da época, temos as "Cantata do Café" e "Cantata dos Camponeses", duas peças magníficas, valorizadas por uma esplêndida produção que traz inclusive uma deliciosa ilustração na capa com fotografia de Emma Kirby.
Já em álbum duplo, o grupo Música Antiga Koln, formado por Reinhard Goebel (Hajo Bass, Mary Utigar, Jan Reichow, nos violinos; Karlheinz Steeb, na viola; Phoebe Carrai, no violoncelo; Andreas Staier e Robert Hill, no cravo), interpreta peças fundamentais. Por exemplo, 70% do disco um é dedicado a uma nova gravação de "Arte da Fuga", completado depois por oito dos chamados "Cânones" de Bach, com dois deles em solo de Andreas Staier no cravo. O segundo elepê traz mais 19 Cânones, sobre as oito primeiras notas fundamentais da Ária das Variações Goldberg. Trata-se de um volume de alto nível, dedicado aos que apreciam a arte de Bach e admiradores deste extraordinário grupo Música Antiga Koln, da cidade de Colônia (RFA).
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