Com a interdição na 101 passageiro é quem sofre
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de janeiro de 1986
Um grupo de executivos do primeiro escalão da Itapemirim - com o vice-presidente José Luís Paiva Mota presente - fez plantão no escritório da Empresa de Ônibus N. S. da Penha - uma das integrantes do poderoso grupo - neste início da semana. Preocupados, os executivos da maior empresa de transportes de passageiros do País vieram acompanhar, passo a passo, as negociações da greve dos caminhoneiros, que interrompendo o trânsito da BR-101, provocaram a paralisação de quase 150 ônibus.
A preocupação dos dirigentes da Penha - como da Pluma e outras empresas cujos ônibus também foram vítimas, indiretas, da interdição da BR, é mais do que justificável. Cada veículo vale mais de Cr$ 800 milhões e basta uma simples multiplicação para se verificar o patrimônio que esteve imobilizado na BR-101, na localidade de Pirabeiraba, trecho catarinense da BR-101, entre Joinville e Garuva - a apenas 104 quilômetros de Curitiba.
Por mais justas que sejam as razões dos caminhoneiros em greve, a interdição da BR-101, provocando filas de dezenas de quilômetros, irritou milhares de pessoas. Somente em ônibus, foram 150 os veículos paralisados por horas, com os passageiros sofrendo com o calor e o atraso. Houve até o caso de uma senhora grávida, que deu à luz no local, tendo que ser removida por viatura policial para um hospital em Joinville.
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