Dominguinhos, herdeiro fiel
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de outubro de 1990
Em "Gonzaga", uma das faixas do álbum "Luizinho de Gonzaga", com toda emotividade, Gonzaguinha diz: "Adeus Pai eu vou embora/Vou nas asas da asa branca/Vou levando sua benção/Deixo aqui meu coração.
Mais do que um adeus, uma mensagem de que Gonzagão jamais será esquecido. Não só pelo filho querido, mas por outros que tiveram sua sombra amiga. Entre eles, talvez mais do que ninguém, o acordeonista-cantor-compositor Dominguinhos (José Domingos de Morais, Garanhuns, PE, 12/02/1941), que aos 7 anos ganhou de Gonzaga o seu primeiro estímulo.
Dominguinhos foi o grande discípulo do mestre de Exu e isto está registrado em toda sua obra. No ano passado, em "Veredas Nordestinas" (Continental), incluiu o belo baião "Canta Luiz" ("Tua sanfona e teu cantar me fez feliz/toca Luiz canta pra nós/quero dormir e acordar com tua voz").
Além desta homenagem ao "canto desse grande sanfoneiro/sua canção já completou Bodas de Ouro", Dominguinhos trouxe outras belas músicas - com parceiros como a suave e bela musa Guadalupe e Nando Cordel, sempre fiel ao grande espírito do Gonzagão.
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