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Aramis

Ecos do debate

Uma das perguntas que mais fazem ao deputado Maurício Fruet não tem nada a ver com sua campanha à prefeitura ou ação na constituinte. Muitos querem saber, por seu intermédio - e considerando sua amizade com Ulysses Guimarães - qual foi o milagre que possibilitou ao tríplice presidente (PMDB, Câmara Federal e Constituinte) ter se restabelecido de forma positiva da crise que, há pouco mais de dois anos, o havia levado a arteriosclerose. Fruet resume numa palavra a receita - Carboliteum. Acrescenta: - Trata-se de um medicamento que renova os neurônios e produz resultados estupendos. No debate de segunda-feira, no Paiol, pelo menos para duas pessoas, Maurício Fruet, falou sobre este remédio - que, naturalmente, não poderia ganhar melhor propaganda do que o rejuvenescimento que deu a Ulysses, na opinião de Fruet, "com força e vigor para disputar e ganhar as eleições para presidente... e cumprir todo o mandato, o que é importante". O debate promovido pelo O Estado do Paraná entre os candidatos à Prefeitura de Curitiba ganhará transcrição, na íntegra, no suplemento "Almanaque" de domingo - e registros em outras colunas, a partir de hoje. Afinal, foi o grande evento político da semana, esvaziada pelo feriadão. No debate, Enéas Faria procurou utilizar o humor ao defender o seu vice, Ervin Bonkoski, quando o jornalista Richard Chaib, falou sobre a exploração que o deputado Bonkoski faz em torno da religiosidade. Energicamente, mas com humor, Enéas procurou enaltecer os aspectos religiosos do dono da Rádio Colombo. Dois candidatos esvoaçaram para não revelar os ganhos de Constituintes e dos vereadores. O deputado federal Ayrton Cordeiro, PFL, saiu pela tangente, mostrou ser um bagre ensaboado e só revelou a quota fixa - ao redor de Cz$ 450 mil - dos parlamentares sem revelar o montante que, mensalmente recebem, terminando por afirmar bem alto, que "os bons parlamentares gastam no trabalho o que recebem". Já Ardisom Akel, candidato do PL - e ligadíssimo ao vereador Horácio Rodrigues - foi pouco diplomático ao se dirigir ao jornalista Cláudio Dalla Benetta, que perguntou quanto está ganhando cada vereador. Enrolou, falou bastante e acabou não dando a informação. Em relação a Ardisom, irmão do arquiteto Omar Akel - candidato do PMDB a vereador - um detalhe de sua biografia, que poucos se lembram: ele teve também sua experiência de colaborador na Tribuna do Paraná. Quando Newton Finzetto, primeiro redator da "Tribunascope", deixou o jornal, foi então que o jovem cinemaníaco Ardisom que o substituiu, pois na época preferia cinema do que a política e o comércio - setor em que enriqueceu, ao assumir a pequena loja familiar que ampliou bastante. Depois de Ardisom, a coluna "Tribunascope"- hoje a cargo do jovem Marco Assef - foi editada por Júlio Kogut Neto, que na época era funcionário da loja de passagens da Varig na Rua XV de Novembro. Júlio criou a promoção "Tribunascope de Ouro", que teve sete edições. Mais tarde, Júlio foi adido de imprensa no United States Information Service, a convite de Mr. John Parker Lee. Quando a USIS fechou no Paraná, ele passou para a política e por anos assessorou ao então deputado Italo Conti.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
09/09/1988

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