Login do usuário

Aramis

Juca e suas andanças (do Japão à Bélgica)

Se a morte não tivesse levado o bom Lápis - Palmilor Rodrigues Ferreira (Curitiba, 05/10/1942-10/02/1978), por certo que o mais conhecido dos violonistas, compositores e cantores desta nossa cidade, acabaria também saindo para o Exterior, impulsionado pelo exemplo de seu irmão mais velho, o baterista Juca (José Maria, nascido nas Mercês, 28/08/1940), que trocou uma carreira de funcionário da Telepar e um vestibular de Medicina ("era um dos melhores alunos do cursinho e teria sido aprovado"), pela vida musical, ao encarar a profissão de baterista e se mandar para o Rio de Janeiro há quase 20 anos. Ao contrário de Lalo, que diz nunca ter pensado em fazer carreira no Exterior, Juca sempre teve esta ambição: - "Eu queria mesmo! Tanto é que entrei no Circo Orlando Orffei, na sua banda, pensando que viajaria para a Europa. Quando soube que o circo não saía mais do Rio, desisti". Um empresário que formava um novo conjunto musical para o show Brasil Tropical, em 1972, fazendo sucesso no Japão, assistiu Juca numa boite do Rio e o convidou. No dia seguinte, estava com o passaporte encaminhado e duas semanas depois chegava a Tóquio. Acabou ficando mais de dois anos no Oriente - aprendeu japonês e casou com Teresa, uma bela bailarina do grupo. "O casamento foi em Seul, quando o grupo esteve na Coréia", acrescenta. Depois do Japão, o grupo viajou para à Europa, fazendo apresentações nos mais diferentes lugares. Juca sentiu que já dava para chamar Lalo e a história então se completa. Só no final de 86 - Juca e Teresa, mais os filhos Vanessa e Rogério, voltaram ao Brasil. - "A intenção era ficar no Rio, mas a barra pesou: muita violência. Curitiba é sempre o bairro das Mercês". Reintegrado à cidade, baterista do conjunto do Bepi ("ótimo profissional, paga direito aos seus músicos"), Juca acha que a experiência internacional valeu. Sua esposa, Teresa, administra o bar que instalou na Rua Saldanha Marinho, 650 - "com uma freguesia basicamente negra e musical", e o bom Juca diz: - "Posso dizer que conheci o mundo. Poucos milionários viajaram tanto quanto eu. Assim é que hoje, Curitiba para mim é a tranqüilidade". LEGENDA FOTO - Juca, uma carreira internacional.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
22
07/02/1988
O pai era uma grande pessoa obrigada pela reportagem..

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br