Ligadão
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de outubro de 1980
RITA Lee (Jones) paulista 33 anos é o exemplo de uma cantora- compositora inquieta. E onde a inquietude tem resultado em voltagem de criação. Desde criança conviveu com a musica, pois sua mãe tocava piano. Sem
ter aprendido a tocar nenhum instrumento, aos 18 anos formou um conjunto com
mais 4 garotas, as Teen Age Singers, que participaram de shows e festas colegiais. Descobertas pelo cantor Tony Campelo (hoje obscuro produtor fonográfico) passaram a fazer coro para as gravações dos Jet Blacks, Demetrius, e Prini Lorez (por onde andarão ?)
Mas foi o encontro com os irmaõs Arnaldo e Sérgio Batista que fez o seu destino musical mudar : inicialmente o Wooden Faces, de Arnaldo, depois transformando em O Conjunto, ate que, ha14 anos, no programa "O Pequeno mundo de Ronnie Von" estreava o grupo Os Mutantes. Um conjunto que sacudiu estruturas e aproveitou bem as liberalidades do Tropicalismo.
Mas apesar de toda a repercussão do Mutantes , Rita não ficaria apenas em grupo: em 1969, simultaneamente a um show da Rhodia ( Bons tempos !) fazia seu primeiro lp solo, apropriadamente intitulado ''Build Up''. Em 72, o segundo lp individual (''Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida'', Philips)
e, a partir de 73 , uma posição feminista como a compositora e guitarrista Lúcia Turnbull ( que só agora teve seu primeiro lp solo, editado pela Odeon, mas ainda não divulgado em Curitiba).Nestes últimos 6 anos, Rita não parou: trabalhos com o grupo Tutti Frutti posições feministas e polemicas mas um amadurecimento traduzido especialmente em seus últimos lps na Sigla/Som Livre , por onde sai agora com um novo elepe - para muitos o melhor de sua carreira.
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