Maria Rita vem aí
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de novembro de 1984
No programa-folheto distribuído pela Fundação Teatro Guaíra, consta apenas um nome "Maria Rita" - e a data, "23 a 25 de novembro" - sem detalhar qual será o espetáculo a ser apresentado. Por isto é bom chamar a atenção dos que se interessam pela nova música brasileira: nestas três noites, no auditório Salvador de Ferrante estará apresentando-se uma compositora intérprete gaúcha da maior força, Maria rita - que no recente II Musicanto, em Santa Rosa, foi a terceira classificada com seu "Canto Brasileiro nº 3".
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Além de Maria Rita, a temporada tem outro significado especial: marcará, praticamente, o lançamento profissional de um novo grupo instrumental paranaense. Integrado por quatro jovens - Eduardo Hora, catarinense de Itajaí, 26 anos, violonista e compositor; Rogério Gulim, violonista: Mário José Negretti, baterista e Oswaldo Barsick, também violonista - e mais a participação especial de Betinho Zanellato (violonista), o conjunto - ainda sem nome - é integrante dos "Filhos da Lua", que nascendo há seis anos como um grupo de teatro de bonecos, caminha para se tornar uma cooperativa de criação artística.
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Desde 1978, Os Filhos da Lua vêm montando elogiados espetáculos de bonecos para platéias infanto-juvenis. O grupo tem direção de Renato Perré, 26 anos, carioca, desde 1978 em Curitiba, titireteiro e autor de todos os textos encenados pelos Filhos da Lua. Há um ano, o grupo - Integrado por David Miguel (curitibano, 20 anos), Maria Luisa Marques, e Perré - foi valorizado pela aproximação dos músicos que passaram a participar dos espetáculos. Agora, o conjunto instrumental vai fazer uma produção bem trabalhada, dividindo temporada com Maria rita no auditório Salvador de Ferrante.
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