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Loira fantasma curitibana poderá chegar em Brasília

Até segunda-feira, a cineasta e videomaker Fernanda Morini continuará nervosa: é que só no dia 17 serão divulgados os filmes aceitos para o XXIV Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, para a qual concorre, na categoria de curta-metragem, 35mm. "A Loira Fantasma", que concluiu exatamente um dia antes do encerramento das inscrições. Previstos para serem anunciados na quarta-feira à noite os filmes que serão vistos no mais antigo e polêmico festival de cinema brasileiro tiveram sua divulgação retardada, pois as inscrições superaram as expectativas mais otimistas: nada menos que 15 longa-metragens, 4 médias e 31 curtas disputarão os gordos prêmios que a Fundação Cultural do Distrito Federal reservou para esta nova edição. Assim, a comissão de pré-seleção não teve tempo ainda de assistir todos os filmes inscritos, prosseguindo nesta tarefa até domingo à noite. Num momento em que muitos já consideravam morto e sepultado o cinema brasileiro, tal como um fênix a produção mostra ainda que está viva e prudentemente a direção do Festival decidiu que não divulgaria o nome dos filmes inscritos. Afinal, quem for cortado em Brasília poderá participar do XIX Festival do Cinema Brasileiro de Gramado (10 a 15 de agosto) ou da Jornada do Cinema da Bahia (setembro). Do Paraná, ao que parece, a única realizadora que conseguiu concluir um curta a tempo das inscrições foi Fernanda Morini, que havia rodado seu filme em princípios de 1989. Só a participação no Festival já é vantajosa: além de quase Cr$ 40 milhões em prêmios para 26 categorias, haverá generosos aluguéis pelas exibições: Cr$ 5 milhões aos longas e Cr$ 500 mil aos curtas inéditos comercialmente e em festivais; já os longas e curtas que já foram exibidos em outras cidades terão o aluguel de Cr$ 500 e Cr$ 100 mil, respectivamente. Paralelamente a mostra competitiva, haverá os eventos paralelos - workshops, debates, mostra informativa, festivalzinho (cinema infantil) e, numa inovação, um curso ("Cinema: Uma introdução") na Universidade de Brasília, tendo como palestristas, entre outros, os críticos Rubens Ewald Filho, Wilson Cunha, Almir Labaki, Helena Salem e o roteirista Geraldo Carneiro.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
20
15/06/1991

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