A música livre dos filmes americanos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de maio de 1984
Como tudo se transforma é natural que as trilhas sonoras cinematograficas - uma das mais versateis artes de nosso século - também modifiquem-se com o tempo, Passou a época dos grandes estúdios, que mantinham compositores e maestros ( assim como diretores, roteristas ,atores e atrizes etc ) sobre longuissímo contratos, para produção em série o o que, muitas vezes, pauterizava os trabalhos. Hoje ao contrário o esquema é flexivel. E se os musicais como os acstumamos ver durante 3 décadas ( 30/50 ) desapareceram, surgiram os filme-music cada vez com maiores rendas. Depois de dois "Embalos" travolteanos - "Saturday's Night Fever"e " Stayng Alive" " Fame", "Flashdance", a maior bilheteria deste 1984 é "Footloose", que só nas primeiras semanas do ano já havia faturado US$ 17 milhões apenas nos cinemas americanos. Assim, naturalmente sua trilha também deve partir para as cabeças e a CBS, asntecipando-se a estréia deste filmusical dirigido por Herbert Ross e em cujo elenco há um excelente ator, Johon Lithgow ( " O Mundo Segundo Garp " e " Laços de Ternura", que lhe valeram indicações ao Oscar de melhor coadjuvantre em 1983/84 )colocou o disco nas lojas. Embora como o score musical supervisionado por Recky Shargo, cada faixa é uma produção independente, o que dá um especial ajuste e animação a esta produção da Paramount. Lenny Loggins compôs e interpreta o tema título, mais " I'm Free" ( Heaven Heps The Man ). Bonnie Tyler, já com elepês solos editados no Brasil, interpreta " Holding Out For a Hero", enquanto Karla Bonoff - outra interprete também com carreira solo ascendência pinta em "Somebody's Eyes". Entretanto, filmes, como "Footlise", reunindo elencos jovens e abrindo novas perspectivas, visam basicamente catipultuar novos intérpretes como Mike Reno ( "Almost Paradise" ), Sammy Hagar ( "The Girl Gets Around"), Shar(" Dancing In The Sheets") e um conjunto curiosamente intitulado "Moving Pictures".
Também nesta linha descontraida, de convocar diferentes talentos identificados como público jovem foi o que fez Giorgio Moroder, que depois de sabiamente encaminhar o som discothe - Hamburgo através Roberta Flack, tem sido um dos compositores mais requisitados pelo cinema. Não apenas para musicais, mas dramas - do denso " O Expresso da Meia Noite" ( 1978, de Alan Parker ) a " Scarface", 1983 direção de Brian De Palma ( em exibição no cine Condor ). A trilha integrando ao estilo naturalmente caracteristico de Moroder, com Maria Conchita numa saborosa "Vamos Bailar", Amy Holland em "She's On Fire", e " Turn Our The Light", o próprio Moroder interpretando os personagens de Tomy ( Al Pacino ), Elvira ( Michele Pfeiffer ) e Gina ( Mary Mastrantonio ). Mas como em " Footlise", muita gente nova aproveitando a chance da promoção que uma sound track de um filme de prestigio abre: Paula Engemann. Deborah Harry, Elizabeth Daly, Beth Andersen. Emfin, uma trilha com um tempero...
Mesmo Michel legrand, dos mais românticos e sensiveis compositores destes últimos anos, também mostra uma mudança em suas trilhas embora pemaneça fidelissimo aos parceiros Alan e Marilyn Bergman. Sente-se isto em "Yantl", que Barbara Streisand produziu, dirigiu e interpretou, adptando o conto de Isaac Bashevis Singer. A trilha do filme acrescenta-se à já respeitavel discocrefia de Streinsand e as indicações que obteve ao Oscar confirmam sua qualidade. A CBS lançou o disco no Brasil.
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