Não morra pela boca
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de janeiro de 1977
Apesar das racionalizações e crises, nem tudo vai mal: no bar do hotel Curitiba Palace, na Rua Ermelino de Leão, diariamente um freguês consome generosas doses do scotch Royal Salute, envelhecimento de 25 anos, apesar do preço de Cr$ 400,00 a dose.
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Aliás, hoje o bar daquele hotel é o que dispõe de melhor estoque de bebidas estrangeiras, oferecendo uma opção imensa aos fregueses. Para comandá-lo, o gerente Dolor Danúbio da Silva trouxe, há 2 meses, o melhor "barman" da cidade, o estimado Joãosinho (João Emílio da Silva, 41 anos, 22 de profissão), que começou nos áureos tempos do Mariluz passou para o Iguaçu e nos últimos anos encontrava-se no Presidente.
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Um empresário paulista convidou dois casais amigos e foi jantar sábado no restaurante Moema, na Rua XV de Novembro. Pediram siri e camarão, tomaram caipirinha de vodka (nacional) como aperitivo e apenas um litro de vinho chileno - "Conha Y Toro". Total da conta apresentada: Cr$ 2 mil. Ou seja, quase Cr$ 400,00 por pessoa. Comentário do empresário:
- Assim é melhor jantarmos no Michel, no Rio, na próxima vez!
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