Network tupiniquim
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de abril de 1977
Uma análise, do ponto de vista econômico, do projeto do Ministério das Comunicações em incentivar a formação de seis redes de televisão, no número da revista "Visão" que está nas bancas (edição especial "Brasil 77" data de capa de 18 de abril, 142 páginas, Cr$ 20,00), menciona a possibilidade de, existir uma política de integração - e não apenas de absorção - por parte das redes independentes, "procurando manter a programação regional à espera de que no futuro certos programas de emissoras locais possam ser apresentados a outros públicos ou transmitidos em rede nacional".
xxx
Na reportagem, com texto final da jornalista Míriam Paglia Costa, ex-Folha de Londrina, agora editora de arte e cultura da "Visão", é destacado que "uma experiência dessas - forçada, é bom que se diga - é a do ex-governador e empresário paranaense Paulo Pimentel, cujos contratos de fornecimento de programas com as grandes redes foram rompidos por "ordens superiores". Para ele, a nova política não é tão simples quanto parece. "O problema é organizar seis redes, já que o governo vem lutando para que se mantenham três e até agora não conseguiu estabilizar essa terceira". E explica: "Até nós, que atuamos como emissora independente, estamos no segundo lugar do Ibope, das 18 às 24 horas, passando para trás a segunda rede!".
xxx
Os estudos técnicos do Ministério das Comunicações prevêem para o Brasil seis redes nacionais no máximo, dando como certo, segundo o ministro Quandt de Oliveira, que "nenhuma rede poderia ser formada sem uma emissora no Rio ou em São Paulo". Para a televisão educativa, entretanto, que deve constituir o sétimo canal, não se pensa em rede, mas em centros de produção que distribuiriam programas aos outros canais, educativos ou não.
Enviar novo comentário