No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de abril de 1986
Afinal, após meses de paralisação - e reabrindo agora com shows de rock ou de MPB com grupos amadores locais - o Paiol terá, graças à Funarte, um espetáculo importante: dia 2 de maio, uma noite em homenagem a Wilson Batista (1913-1968), com lançamento do livro de Bruno Ferreira Gomes, do disco e caderno de partituras e mais o show que reúne Joyce e Roberto Silva, com a participação especial dos excelentes violonistas João de Aquino e Maurício Carrilho. Roteiro e direção de Túlio Feliciano.
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Será uma estréia nacional, pois só de 6 a 11 de maio o espetáculo será levado a São Paulo e, posteriormente ao Rio e Brasília.
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Um interessante estudo sobre a numerologia e a política está sendo desenvolvido pela sra. Helza Muniz, que é especializada em numerologia aplicada. Instalada na Rua Coronel Otoni Maciel, 660, no bairro da Água Verde, dona Helza tem sido procurada por políticos e, especialmente candidatos a cargos eletivos, querendo saber os números de sorte. Dona Helza costuma repetir que "a numerologia não faz o Destino, mas indica os caminhos". E explica: "Através da numerologia, as pessoas conhecem o seu 'eu interior', ficam sabendo das razões de suas reações, às vezes alheias à própria vontade. Às vezes é por força de algum número que a pessoa age negativamente. Usou, talvez sem querer, um tom de voz áspera, um olhar imperativo, qualquer coisa que sai errado e ofende a outra pessoa". Quem desejar detalhes é só ligar para dona Helza - 244-6591.
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Nesta terça-feira, na galeria Brotto, uma coletiva de toque nostálgico: artistas dos anos 60. No catálogo de apresentação, Aurélio Benitez, em bonito texto fala da importância de pintores como Massuda, Borges, Arney, Domício Pedroso, Erico da Silva, Fernando Vellozo, Calderari, João Osório Brzezinski, Jair Mendes, Sade, Wilson Andrade e Silva - entre outros que, "cada um, dentro de sua linguagem particular, soube colocar o toque de modernidade nas artes plásticas". Seja dentro das paisagens, através das figuras humanas isoladas, nos temas sociais e mesmo na abstração".
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Brecht em evidência: enquanto uma exposição de 50 painéis fotográficos mostra uma visão de sua obra dramática, através de montagens de suas peças, no hall da Biblioteca, a partir do dia 2, conferências dos professores Marta Morais da Costa, Clóvis Garcia (da USP-SP) e João Alfredo Dal Bello abordarão sua importância no teatro.
Nos dias 6, 9 e 14 serão exibidos vídeos de "Mãe Coragem" e "Der Kaukasische Kreidkreis" e no dia 8, no auditório da Reitoria, concerto com dois músicos de vanguarda da RFA, Heiner Goebbels (o sobrenome é terrível, lembrando o carrasco nazista) e Alfredo Harth, multiinstrumentistas que, na primeira parte apresentarão temas de Eisler, Weill e outros contemporâneos de Brecht.
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Falando em cultura alemã, quem está na cidade é o cineasta Egon Monk, 59 anos, que entre 1949/63 trabalhou no Berliner Ensemble, em Berlim Oriental, com Brecht. Em 1954 foi para a Alemanha Ocidental, trabalhando principalmente em rádio e televisão. Ontem fez uma palestra na Cinemateca, onde, até o dia 2 de maio, estarão em exibição alguns de seus filmes.
LEGENDA FOTO - Helza: números da sorte.
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